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| PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 44 ANOS SACERDOTE |
Há certas perguntas que ficam sempre entaladas na garganta. Buscamos silenciosamente as respostas.
Fica-nos no coração uma angústia silenciosa, distante, mas que não deixa de dar suas pontadas nos momentos de solidão.
Corremos o dia inteiro atrás de tantas coisas necessárias.
Mesmo realizados, chegamos a uma sensação de vazio.
Como fazer para preencher-nos de realização nos diferentes momentos de nossa vida?
O que nos falta?
Falta-nos chegar definitivamente ao Paraíso, ao Céu.
A liturgia do 21º domingo convida-nos a fixar os corações onde se encontram as verdadeiras alegrias (oração da missa).
Pedimos para ser transformados pela graça para que possamos agradar a Deus e ser felizes, realizados e plenos, enquanto permite a humana realidade.
O santo Evangelho coloca-nos aquela frase dura: “entrai pela porta estreita! Muitos tentarão e ao conseguirão” (Lc 24).
Não é uma ameaça, mas a indicação do caminho para o céu.
Não se trata da dureza das penitências, dos sofrimentos e das contradições.
Trata-se da sabedoria de ir pelo caminho certo.
A palavra de Jesus é uma resposta à pergunta de Jesus: “são muitos que se salvam?”
Salvar-se não é uma brincadeira. É uma atitude interior.
E nem basta dizer que se esteve com Jesus, que foi muito religioso, que gritou tanta verdade bonita.
Jesus completa: “muitos dirão: Nós comemos e bebemos diante de ti e tu ensinaste em nossas sinagogas. O Senhor dirá: Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, vós todos que praticais a injustiça”.
Qual é a porta?
Jesus responde: eu sou a porta das ovelhas. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Jesus e seu evangelho são a porta estreita.
Os contemporâneos de Jesus se tinham como povo eleito.
Jesus abre para todos os povos, como diz a primeira leitura de Isaias (66,18-21).
Basta viver o Evangelho, mesmo que esteja longe das nossas Igrejas. E se em nossas Igrejas, tanto católicas e evangélicas, fantasiamos o evangelho, vamos levar uma bela decepção. Às vezes fechamos a porta do Céu aos outros, colocamos leis severas, mas não carregamos o evangelho nem com um dedo. Vai ser duro ouvir as palavras: “não vos conheço”.
Este evangelho é para ser aceito integralmente.
Alguns negam verdades do evangelho e ficam frescamente tranqüilos.
A porta é estreita: Jesus e seu evangelho integral.
Rezemos uns pelos outros para que sejamos fiéis, mesmo nas maiores dificuldades. Assim poderemos entrar juntos por esta porta e “tomar lugar na mesa do Reino” que é o Céu.
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