sexta-feira, 12 de junho de 2020

EVANGELHO DO DIA 12 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 5,27-32. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não cometerás adultério". Eu, porém, digo-vos: todo aquele que olhar para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é melhor perder-se um só dos teus olhos do que todo o corpo ser lançado na geena(inferno). E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor que se perca um só dos teus membros do que todo o corpo ser lançado na geena(inferno). Também foi dito: "Quem repudiar sua mulher dê-lhe certidão de repúdio". Eu, porém, digo-vos: todo aquele que repudiar sua mulher, salvo em caso de união ilegítima, expõe-na ao adultério. E quem se casar com uma repudiada comete adultério». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Paulo VI (1897-1978) 
Papa de 1963 a 1978 
Discurso de 4/5/1970 aos casais do 
Movimento Equipas de Nossa Senhora 
(© copyright Libreria Editrice Vaticana) 
«Deus criou o ser humano à sua imagem,
Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,27) 
Como a Sagrada Escritura nos ensina, o matrimónio, antes de ser um sacramento, é uma grande realidade terrena: «Deus criou o homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,27). É preciso recordar todos os dias esta primeira página da Bíblia, se quisermos compreender o que é, o que deve ser um casal humano, um lar. A dualidade dos sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem imagem de Deus, e, como Ele, nascente de vida: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a Terra» (Gn 1,28). Uma leitura atenta dos Profetas, dos Livros Sapienciais e do Novo Testamento mostra-nos, de resto, o significado desta realidade fundamental e ensina-nos a não a limitar ao desejo físico, mas a descobrir nela o carácter complementar dos valores do homem e da mulher, a grandeza e as fraquezas do amor conjugal, a sua fecundidade e a sua abertura ao mistério do desígnio do amor de Deus. Este ensinamento conserva ainda hoje todo o seu valor e imuniza-nos contra as tentações de um erotismo destruidor. O cristão tem consciência disto: o amor humano é bom na sua origem e, embora esteja, como tudo o que existe no homem, ferido e deformado pelo pecado, encontra em Cristo a sua salvação e a sua redenção. Quantos casais encontraram, na sua vida conjugal, o caminho da santidade, nesta comunidade de vida que é a única fundada num sacramento! Obra do Espírito Santo (cf Tt 3,5), a regeneração batismal faz de nós criaturas novas (cf Gal 6,15), para que «assim caminhemos nós, também, numa vida nova» (Rom 6,4). Nesta grande empresa de renovação de todas as coisas em Cristo, o matrimónio, também ele purificado e renovado, torna-se uma realidade nova, um sacramento da Nova Aliança. E eis que no limiar do Novo Testamento, como na entrada do Antigo, se forma um casal. Mas, ao passo que aquele, formado por Adão e Eva, foi a fonte do mal que se espalhou sobre o mundo, o de José e Maria é a plenitude de onde a santidade se expande sobre toda a Terra.

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