segunda-feira, 11 de maio de 2020

EVANGELHO DO DIA 11 DE MAIO

Evangelho segundo São João 14,21-26. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele». Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?». Respondeu-lhe Jesus: «Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Gertrudes de Helfta(1256-1301)
Monja Beneditina 
«O Arauto», Livro I; SC 139 
«Nós viremos a ele 
e faremos nele a nossa morada» 
Diz São Bernardo nos seus escritos: «Considero que a alma eleita é celeste pela sua origem, mas que também se lhe pode chamar, por analogia, um céu, pois a nossa vida está nos Céus (cf Fil 3,20). E a Sabedoria declara: "A alma do justo é a morada da sabedoria" (Prov 14,33,LXX), e ainda: "O Céu é o meu trono" (Is 66,1). Ora, aquele que sabe que Deus é espírito não hesitará em Lhe atribuir uma habitação espiritual. Vejo a confirmação deste facto nesta promessa daquele que é a Verdade: "Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada". E penso que o Profeta queria dizer isto mesmo quando afirmava: "Tu habitas no Santo, glória de Israel" (Sl 21,4,LXX). E o Apóstolo diz claramente que "Cristo habita nos nossos corações pela fé" (Ef 3,17)». Mas é de longe que o meu desejo se volta para estas alma sábias, sobre as quais está dito: «Habitarei neles e neles andarei» (2Cor 6,16). Que grande é esta alma! Que privilégio foi concedido aos seus méritos: possuir em si a presença divina, ser considerada digna de a acolher e capaz de a conter, e mesmo de ser alargada a dimensões em que a sua ação majestosa possa mover-se. Este crescimento fez dela o Templo santo do Senhor (cf Ef 2,21), um crescimento na medida da caridade, que é a dimensão da alma. A alma santa é, pois, um céu, cujo sol é a inteligência, cuja lua é a fé, cujas estrelas são as virtudes; ou ainda, cujo sol é a justiça ou o zelo de uma caridade fervorosa, cuja lua é a castidade. Não é de espantar que o Senhor Jesus tivesse escolhido habitar este Céu, sobre o qual não se contentou - como na criação dos céus materiais - em dizer simplesmente que se fizesse, mas lutou por conquistá-lo, morreu para o resgatar. Assim, concluída a obra, satisfeito o seu desejo, Ele disse: «Aqui está o meu repouso para todo o sempre, aqui terei a minha morada» (Sl 131,14).

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