domingo, 1 de março de 2020

Santa Inês Kuiying Cao, viúva, mártir – 1º de março

     China, terra de inúmeros mártires, o Evangelho sendo anunciado pelo sangue de milhares de cristãos; hoje destacamos uma jovem viúva, catequista que mesmo diante de muita dor e sofrimento permanece fiel, não nega sua fé, entrega-se totalmente a Jesus.
     Inês Kuiying Cao nasceu na aldeia de Wujiazhai na província de Guizhou por volta de 1821, de uma família católica em Sichuan. Seus pais morreram e ela passou a trabalhar na cidade de Xingyi, onde conheceu uma mulher católica que lhe permitiu viver em sua casa. Lá ela conheceu o Bispo Bai, que a entusiasmou com o aprofundamento na fé e inserção na paróquia local.
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     Aos 18 anos casou-se com um agricultor local, mas o irmão de seu esposo e sua cunhada a maltratavam a ponto de não dar-lhe comida. Dois anos depois, com a morte de seu marido, ela foi forçada a partir da casa. 
     Começou então, a trabalhar como empregada doméstica, para ter um lugar para viver, mas, em seguida, uma viúva católica a convidou para morar com ela. Ela era uma mulher bem versada no conhecimento das Escrituras e nos ensinamentos da Igreja, e ao lado dela, bem rápido Inês fez grande progresso espiritual.
     Um dia, quando Agostinho Chapdelaine foi visitar a casa, ele descobriu o quão bem Inês conhecia a doutrina e a fé e convidou-a para assumir um trabalho missionário em Guangxi: ensinar o catecismo às famílias locais (cerca de 30 a 40). 
     No inverno de 1852 ela se mudou para a cidade de Baijiazhai em Xilan, mas em vez de fazer o seu "quartel-general", ensinava o catecismo de um lugar para outro, bem como cozinhava e geria uma casa, e servia de babá nos momentos de lazer.
     Quando ela estava ajudando na Yaoshan, em 1856, foi presa juntamente com outros cristãos. Muitos foram colocados rapidamente em liberdade, mas ela foi mantida na prisão juntamente com o Padre Ma, que morreu na prisão. O magistrado usou a tática de tentar seduzi-la com belas palavras para que ela negasse a fé, mas ela permaneceu firme. Em seguida, ele ameaçou torturá-la, mas ela não mostrou medo. Finalmente, em 27 de fevereiro, ele a trancou em uma jaula tão pequena que só podia permanecer de pé, mas mesmo assim seu espírito não vacilou. 
     Enquanto estava presa rezava: "Deus, tem misericórdia de mim, Jesus, salva-me!" Então, no dia 1º de março, ela gritou: "Deus, me ajude!" E morreu, aos 35 anos de idade.
     O Papa Leão XIII a proclamou bem-aventurada em 27 de maio de 1900, e o Papa João Paulo II a canonizou em 1º de outubro de 2000.

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