terça-feira, 17 de dezembro de 2019

JOSÉ MANYANET Y VIVES Sacerdote, fundador, Santo (1833-1901)

Josep Manyanet nasceu a 7 de janeiro de 1833 em Tremp (Lleida, Espanha), no seio de uma família numerosa e cristã. Foi batizado no mesmo dia e, com a idade de 5 anos, sua mãe o consagrou a Nossa Senhora de Valldeflors, padroeira da cidade. Para completar os seus estudos secundários teve de trabalhar na Escola Pia de Barbastro e os eclesiásticos nos seminários diocesanos de Lleida e Urgell. Foi ordenado sacerdote a 9 de abril de 1859. Após doze anos de intenso trabalho na diocese de Urgell a serviço do bispo como pajem e secretário particular, mordomo do palácio, bibliotecário do seminário, vice-secretário de câmara e secretário de visita pastoral, sentiu-se chamado por Deus a ser religioso e a fundar duas congregações religiosas Fundador e apóstolo da Sagrada Família Contando com a aprovação do bispo, em 1864 fundou os Filhos da Sagrada Família Jesus, Maria e José, e em 1874, as Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré, cuja missão era imitar, honrar e propagar o culto à Sagrada Família de Nazaré e procurar a formação cristã das famílias, principalmente por meio da educação e instrução católica da infância e juventude e do ministério sacerdotal.
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Com oração e trabalho constantes, com o exercício exemplar de todas as virtudes, com amorosa dedicação e zelo pelas almas, guiou e impulsionou ao longo de quase quarenta anos a formação e expansão dos institutos, abrindo escolas, colégios, oficinas e outros centros de apostolado em vários povoados da Espanha. Atualmente, os dois institutos marcam presença em países da Europa, nas duas Américas e África. Chamado especialmente por Deus para apresentar ao mundo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré, escreveu várias obras e opúsculos com o fim de propagar a devoção à Família de Jesus, Maria e José; fundou a revista A Sagrada Família e promoveu a ereção do templo expiatório da Sagrada Família, em Barcelona, destinado a perpetuar as virtudes e exemplos da Família de Nazaré e a ser o lar universal das famílias. A obra é do arquiteto servo de Deus Antônio Gaudí. Seu pensamento O beato Josep Manyanet pregou abundantemente a Palavra de Deus e escreveu muitas cartas, livros e opúsculos para a formação dos religiosos e religiosas, das famílias e das crianças, e para a direção dos colégios e escolas profissionalizantes. Dentre eles, destaca-se A Escola de Nazaré e Casa da Sagrada Família (Barcelona 1895) que constitui sua autobiografia espiritual onde, por meio de alguns colóquios da alma, personificada em Desidéria, com Jesus, Maria e José, traça todo um processo de perfeição cristã e religiosa inspirada na espiritualidade da casa e escola de Nazaré. Preciosa jóia de família (Barcelona 1899), é um roteiro para casais e famílias, que os ajuda a lembrar a dignidade do matrimônio como vocação, e a importante tarefa na educação cristã dos filhos. Para a formação dos religiosos escreveu um livro de meditações intitulado O Espírito da Sagrada Família, onde descreve a identidade da vocação e missão das religiosas e religiosos Filhos da Sagrada Família na sociedade e na Igreja. Uma edição de suas Obras Seletas (Madrid 1991) já está em circulação e, em fase de impressão, encontra-se o primeiro volume das suas Obras Completas. Doenças e morte As obras do Padre Manyanet foram crescendo em meio a grandes obstáculos: foram muitas e dolorosas as doenças corporais que o atingiram e o atormentaram no decorrer de toda a sua vida. Porém, sua inabalável constância e fortaleza, alimentadas por uma profunda adesão e obediência à vontade de Deus, ajudaram-no a superar todas as dificuldades. Sua saúde, comprometida durante 16 anos por algumas chagas abertas — chamadas por ele de «as misericórdias do Senhor» —, fez com que a 17 de dezembro de 1901, ornado de virtudes e boas obras, voltasse para a casa do Pai. Morreu em Barcelona, no colégio Jesus, Maria e José, centro de suas atividades, cercado de crianças e com a mesma simplicidade que caracterizou toda a sua existência. Suas últimas palavras foram aquelas que, em forma de jaculatória, havia repetido tantas vezes: Jesus, José e Maria, quando eu morrer recebei a minha alma. Seus restos mortais descansam na capela-panteão do mesmo colégio Jesus, Maria e José, continuamente acompanhados pela oração e agradecimento de seus filhos e filhas espirituais e de inumeráveis jovens, crianças e famílias que se aproximaram de Deus, atraídos por seu exemplo e seus ensinamentos. O testemunho de sua santidade A fama de santidade que o distinguiu em vida, se estendeu por muitas partes. Por este motivo, tendo sido introduzida a Causa de Canonização em 1956, reconhecida a heroicidade de suas virtudes em 1982 e aprovado um milagre por sua intercessão, foi declarado Beato por João Paulo II em 1984. Hoje, com a aprovação de um novo milagre realizado por sua intercessão, está prevista a sua canonização para o dia 16 de maio de 2004. A santidade de Josep Manyanet, como afirmou João Paulo II, tem sua origem na Sagrada Família. Foi chamado por Deus «para que em seu nome sejam abençoadas todas as famílias do mundo». O Espírito forjou sua personalidade para que anunciasse com valentia o «Evangelho da Família». Sua grande aspiração era que «todas as famílias imitassem e bendizessem a Sagrada Família de Nazaré»; por isto, quis formar um Nazaré em cada lar, fazer de cada família, uma «Santa Família». Nos dias de hoje, a canonização do Beato Josep Manyanet, vem confirmar não somente a sua santidade, mas também a atualidade de sua mensagem nazareno-familiar. Ele é, pois, o profeta da família, o protetor de nossas famílias. Canonizado no dia 16 de Maio de 2004, Praça de S. Pedro, pelo Papa João Paulo II.
Fonte : www.vatican.va

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