sábado, 30 de novembro de 2019

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 4,18-22. 
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os, e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI emérito, papa de 2005 a 2013 
Audiência geral de 14/06/06 
(© copyright Libreria Editrice Vaticana) 
Santo André imita a Cristo até na morte 
Uma tradição [...] narra a morte de André em Patras, onde também ele sofreu o suplício da crucifixão. Mas, naquele momento supremo, de modo análogo ao de seu irmão Pedro, pediu para ser posto numa cruz diferente da de Jesus. No seu caso, tratou-se de uma cruz decussada, isto é, cruzada transversalmente, que por isso foi chamada «cruz de Santo André». Eis o que o Apóstolo disse naquela ocasião, segundo uma antiga narração [...]: «Salve, ó cruz, inaugurada por meio do corpo de Cristo, que se tornou adorno dos seus membros, como se fossem pérolas preciosas. Antes que o Senhor fosse elevado sobre ti, tu incutias um temor terreno. Agora, ao contrário, dotada de um amor celeste, és recebida como um dom. Os crentes sabem, a teu respeito, quanta alegria possuis, quantos dons tens preparados. Portanto, certo e cheio de alegria venho a ti, para que também tu me recebas exultante como discípulo daquele que em ti foi suspenso [...]. Ó cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! [...] Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, para que por teu intermédio me receba quem por ti me redimiu. Salve, ó cruz; sim, salve verdadeiramente!» Como se vê, há aqui uma profundíssima espiritualidade cristã, que vê na cruz não tanto um instrumento de tortura como, ao contrário, o meio incomparável de uma plena assimilação ao Redentor, ao grão de trigo que caiu na terra. Devemos aprender com isto uma lição muito importante: as nossas cruzes adquirem valor se forem consideradas e aceites como parte da cruz de Cristo, se refletirem a sua luz. Só naquela cruz são também os nossos sofrimentos nobilitados e adquirem o seu verdadeiro sentido.

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