quarta-feira, 13 de novembro de 2019

EVANGELHO DO DIA 13 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 17,11-19. 
Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Bernardo (1091-1153) 
monge cisterciense, doutor da Igreja 
Sermões diversos, n.° 27 
«Senão este estrangeiro?» 
Feliz aquele leproso samaritano, que reconhecia que «não tinha nada que não tivesse recebido» (1Cor 4,7). Ele «salvaguardou o que lhe tinha sido confiado» (2Tim 1,12) e voltou para o Senhor, dando-Lhe graças. Feliz daquele que, a cada graça recebida, regressa Àquele onde se encontra a plenitude de todas as graças, porque se nos mostrarmos reconhecidos por tudo o que recebemos, preparamos em nós lugar para a graça [...] em maior abundância. Com efeito, só a nossa ingratidão entrava o nosso progresso após uma conversão. [...] Feliz pois daquele que se olha como um estrangeiro e que dá grandes ações de graças pelas mais pequenas dádivas, segundo o pensamento de que tudo o que se dá a um estrangeiro e a um desconhecido é uma dádiva puramente gratuita. Pelo contrário, sentimo-nos infelizes e miseráveis quando, depois de nos termos mostrado inicialmente timoratos, humildes e devotos, esquecemos que o que recebemos era gratuito. [...] Peço-vos , pois, meus irmãos, ponhamo-nos sob a mão poderosa de Deus (1Ped 5,6) com cada vez maior humildade. [...] Ponhamo-nos com grande devoção em ação de graças e Ele conceder-nos-á a única graça que pode salvar a nossa alma. Demonstremos o nosso reconhecimento, não apenas por palavras e de forma leviana, mas através das obras e na verdade.

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