terça-feira, 8 de outubro de 2019

EVANGELHO DO DIA 8 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 10,38-42. 
Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada». 
Tradução litúrgica da Bíblia
Santa Gertrudes de Helfta(1256-1301) 
monja beneditina 
«O Arauto», livro III, SC 143 
Ternura com Deus 
Mostrando-se certa vez interiormente preocupada por não ser capaz de sentir um desejo tão grande como gostaria pela glória de Deus, Gertrudes recebeu a seguinte explicação divina: Deus fica satisfeito quando o homem, sem conseguir fazer mais, quer ter, se possível, grandes desejos; eles serão tão grandes diante de Deus quanta for a sua vontade. Deus encontra maiores delícias em permanecer num coração cheio deste desejo de querer ter desejo, que o homem no florescimento da mais fresca primavera. Doutra vez, por doença, ela tinha estado alguns dias menos atenta a Deus; depois, tomando consciência desta culpa, aplicou-se a confessar ao Senhor a sua negligência com piedosa humildade. Temendo ter de sofrer grande demora antes de recuperar a antiga doçura da presença divina, subitamente, num instante, sentiu que a bondade de Deus Se inclinava para ela com um abraço cheio de amor e estas palavras: «Minha filha, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu». Esta resposta permitiu-lhe compreender que, ainda que o homem, pela fragilidade da sua natureza, deixe por vezes de voltar a sua atenção para Deus, este, na sua bondade misericordiosa, não deixa de considerar todas as nossas obras dignas da recompensa eterna, bastando para isso que não nos afastemos deliberadamente dele e nos arrependamos com frequência de tudo aquilo que a nossa consciência nos censure.

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