Evangelho segundo São Mateus 22,1-14.
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas,
disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: "Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas".
Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos: "O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes".
Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial
e disse-lhe: "Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?". Mas ele ficou calado.
O rei disse então aos servos: "Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes".
Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Homilias espirituais,n.º15,§30-31
«Vinde às bodas»
No mundo visível, se um povo muito pequeno se revolta contra o rei, este não se incomoda a dirigir pessoalmente as operações, antes envia os seus soldados, com os respetivos chefes, e são eles que travam o combate. Pelo contrário, se o povo que se ergue contra ele é muito poderoso e é capaz de lhe devastar o reino, então o rei vê-se obrigado a empreender pessoalmente a campanha, com a sua corte e o seu exército, e a travar ele o combate. Considera que dignidade é a tua! Pois foi o próprio Deus quem empreendeu a campanha, com os seus próprios exércitos – os anjos e os espíritos santos –, para vir proteger-te e te libertar da morte. Tem, pois, confiança, e repara na providência de que és objeto.
Retiremos outro exemplo da vida presente. Imaginemos um rei que depara com um homem pobre e doente e, longe de se desgostar dele, lhe trata as feridas com medicamentos salutares, o leva para o palácio, o veste de púrpura, o cinge com um diadema e o convida para a sua mesa. Pois é assim que Cristo, o Rei celeste, Se aproxima do homem doente, o cura e o convida para a sua mesa real, e fá-lo sem lhe violar a liberdade, antes o persuadindo a aceitar honra tão elevada.
Está escrito no Evangelho que o Senhor enviou os seus servos, mandando-os convidar todos quantos quisessem acorrer, mandando-os anunciar: «Preparei o meu banquete!» Os convidados, porém, desculparam-se. [...] Aquele que convidava estava pronto, mas os convidados recusaram o convite; são, portanto, responsáveis pelo seu destino. Tal é a grande dignidade dos cristãos. Eis que o Senhor lhes prepara o Reino, e os convida a nele entrar; mas eles recusam-se. Perante o dom que nos foi prometido, poder-se-ia dizer que, se uma pessoa [...] sofresse tribulações desde a criação de Adão até ao fim do mundo, nada teria feito em comparação com a glória que receberá em herança, porque está destinada a reinar com Cristo pelos séculos sem fim. Glória Àquele que amou de tal maneira esta alma, que Se entregou e Se confiou a ela, bem como a sua graça! Glória à sua majestade!
https://www.evangelhoquotidiano.org/PT/gospel
Nenhum comentário:
Postar um comentário