quinta-feira, 4 de julho de 2019

Santa Natalia de Toulouse, mercedária – 4 de julho


     Natália nasceu em um castelo na aldeia de Caillac (diocese de Albi no Languedoc) pela intercessão de Santa Natália, a esposa do mártir Santo Adriano, da qual sua mãe era devotada. Seus pais eram ricos e piedosos. Desde menina se dedicou ao exercício das virtudes católicas e mais tarde se consagrou a Deus com voto de castidade.
     Na idade de dezesseis anos, Natália mudou-se com os pais para Toulouse, onde haviam recebido uma herança notável. Os pais desejavam que ela se casasse, mas Natália queria consagrar-se ao Senhor e, para não deixá-los sozinhos. Aconselhada pelo Beato Bernardo Poncelli, religioso dos Mercedários de Toulouse, decidiu vestir o hábito da Ordem Terceira dos Mercedários de Toulouse, na qual ela fez sua solene profissão em 1333.
     No novo estado, Natália procurou servir a seu Divino Esposo com um heroico exercício das virtudes, fazendo grandes e contínuas penitências. Ela era muito devota de Jesus Crucificado, que apareceu a ela exortando-a à perseverança. Ela também protagonizou milagres, entre os quais uma bilocação na África, no ano de 1350: um anjo a acompanhou para converter e libertar uma escrava da Calábria, que o Beato Felipe Clavo havia remido com outros 113 escravos, e que havia fugido, evadindo-se da vigilância dos religiosos.
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     A Santa morreu em 4 de julho de 1355, com a idade de quarenta e dois anos, cheia de méritos e virtudes, com grande fama de santidade; foi sepultada na igreja das Mercês em Toulouse. Ela foi venerada imediatamente, como é demonstrado por sua imagem de madeira no convento de Santa Maria di Oliveto (Zaragoza), datada do mesmo século XIV. A veneração aos seus restos mortais continuou até o século XVI, quando os huguenotes profanaram o túmulo e dispersaram as relíquias.
    O processo para o reconhecimento de seu culto imemorial, enviado pelo bispo de Toulouse no final do século XIX, foi apresentado à Congregação dos Ritos, que em 20 de janeiro de 1907 publicou a sentença "dilatam ur coadiuventur probationes", i.e., adiada aguardando uma pesquisa histórica mais precisa.

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