quarta-feira, 3 de julho de 2019

REFLETINDO A PALAVRA - “Crescendo amor”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
A caminho do altar 
É inesquecível aquela maravilhosa entrada da noiva rumo ao altar. E lá, ele, vendo-a em todo seu esplendor. Música, flores, convidados, sonhos, lágrimas e enfim a palavra mágica: “Promete amá-la”? Não querendo brincar, no momento atual a mala se torna importante no casamento. Partir... e buscar outros caminhos. Aumentam sensivelmente o número dos divórcios no Brasil. Diante desse fato, Papa Francisco sobre a preparação para o sacramento do matrimônio. Como a expectativa é para a vida, então é urgente dar vida à preparação. Casar e ajuntar são coisas diferentes. Casar-se na Igreja é um sacramento que supõe a fé e o compromisso de fidelidade e empenho total nessa causa que é a mútua entrega. Toda a preparação não é um ato isolado, mas envolve toda a vida pastoral da Igreja. O futuro da Igreja está na família. Quem tem convivência com as questões de casamento na Igreja sabe que o que menos interessa é o aspecto religioso. Tudo mais vem primeiro. Tudo isso passa. O que sobra não sustenta o casamento. Por isso há uma insistência na preparação. A comunidade participa para o bem dos noivos, pois ela “tem consciência que os que se casam são um recurso precioso, porque, esforçando-se sinceramente por crescer no amor e no dom recíproco, eles podem contribuir para renovar o próprio tecido de todo corpo eclesial” (AL 207). A preparação não significa acumular temas e textos de reflexão, mas é preparação na vivência da comunidade. É uma iniciação ao sacramento do matrimônio. É necessária muita abertura dos noivos de saber ouvir e ver a sabedoria. Casamento se aprende também. Assim resumo um pouco as palavras do Papa.
Passos de um noivado 
O primeiro elemento rico para um futuro matrimônio é a vida da família. Por isso é bom os jovens participarem, com a família, da vida religiosa da comunidade. É um aprendizado na escola do saber amar. O tempo de namoro e noivado é tempo de aprender a conhecer a outra pessoa e ver se são capazes de se amar no modo próprio que cada um é. Não há curso para aprender a amar. O Papa lembra que a preparação para o matrimônio está em ação desde o nascimento. Digamos que já na gestação. O matrimônio dos pais é a primeira escola. A pastoral poderá e deverá criar momentos de celebração para o dia dos namorados, aniversários de namoro, benção de anéis de compromisso etc... A pastoral não se preocupa com os namorados e noivos. Na verdade não sabe o que fazer. Certo que os noivos também demonstram pouco interesse. Sempre fica a pergunta: viveram tanto tempo de namoro e noivado e se separam logo depois. Por quê? Não aprenderam a amar? Pode ser que a família não proporcione esses elementos de formação por um testemunho negativo. Temos outras famílias para testemunho. A idade dos noivos já ajuda discernir. 
Caminhando com responsabilidade 
O namoro e sua concretização em um noivado é o tempo da graça de Deus trabalhar o coração para o maior conhecimento do parceiro. É o momento de selar o conhecimento do outro. O afeto é fundamental, mas não sustenta o casamento se não estiver alimentado por um conhecimento responsável do parceiro. Os conflitos não terão como serem resolvidos. É importante que no namoro e no noivado se conheçam para não terem a decepção diante dos primeiros problemas. O afeto e o carinho são necessários. Conhecer um ao outro sustentará o afeto. É tempo de namorar, saber quem é a outra pessoa. Sem esse conhecimento está fadado ao fracasso. As durezas da vida de casal se vencem porque são sustentadas no conhecimento do amor. 

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