Evangelho segundo São Mateus 13,1-9.
Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar.
Reuniu-se à sua volta tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava na margem.
Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos: «Saiu o semeador a semear.
Quando semeava, caíram algumas sementes ao longo do caminho: vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra, e logo nasceram, porque a terra era pouco profunda;
mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram, por não terem raiz.
Outras caíram entre espinhos, e os espinhos cresceram e afogaram-nas.
Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta por um.
Quem tem ouvidos, oiça».
Tradução litúrgica da Bíblia
São João-Maria Vianney(1786-1859)
Presbítero, Cura de Ars
Sermões
«Saiu o semeador a semear»
Se me interrogais acerca do que Jesus Cristo quis dizer com este semeador que saiu de madrugada para ir espalhar a semente no seu campo, meus irmãos, o semeador é o próprio Deus, que começou a trabalhar pela nossa salvação no início do mundo, enviando-nos os seus profetas antes da vinda do Messias, para nos ensinar o que tínhamos de fazer para sermos salvos; e não Se contentou em enviar os servos, veio Ele mesmo traçar-nos o caminho que devemos tomar, veio anunciar-nos a palavra santa.
Sabeis o que é uma pessoa que não se alimenta desta palavra santa ou a recebe sem a devida reverência? É semelhante a um paciente sem médico, a um viajante perdido e sem guia, a um pobre sem recursos; digamos melhor, meus irmãos: é completamente impossível amar a Deus e agradar-Lhe sem ser alimentado por esta palavra divina. Como podemos unir-nos a Ele, se não O conhecermos? E quem no-l'O dá a conhecer, com todas as suas perfeições, as suas belezas e o seu amor por nós, senão a palavra de Deus, que nos ensina tudo o que Ele fez por nós e os bens que nos prepara na outra vida, se procurarmos agradar-Lhe?
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