Evangelho segundo São Lucas 15,3-7.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus e aos escribas a seguinte parábola: «
«Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar?
Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros
e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.
Tradução litúrgica da Bíblia
São João XXIII(1881-1963)papa
Diário da Alma,1901-1903
«Alegrai-vos comigo, porque
encontrei a minha ovelha perdida.»
Sinto que o meu Jesus Se vai aproximando cada vez mais de mim. Permitiu que, nestes dias, eu caísse ao mar, me afundasse na consideração das minhas misérias, da minha soberba, para me fazer compreender mais a imperiosa necessidade que tenho dele. Quando estava prestes a afundar-me, Jesus, caminhando sobre as águas, veio sorridente ao meu encontro para me salvar. Eu queria dizer-Lhe, como Pedro: «Afasta-Te de mim, que sou um homem pecador» (Lc 5,8); mas a ternura do seu coração, a suavidade do seu tom de voz, advertiu-me: «Não tenhas medo» (Lc 5,10).
Nada temo, ao vosso lado. Descanso no vosso peito; como a ovelha perdida, escuto os latejos do vosso coração; Jesus, sou vosso, uma vez mais, sempre vosso. Contigo sou verdadeiramente grande; débil talo de junco sem Ti, sou uma coluna apoiado em Ti. Não me hei de esquecer nunca da minha miséria, para recear sempre de mim mesmo; mas, embora humilhado e confuso, devo, com confiança crescente, abraçar-me ao vosso coração, porque a minha miséria é o trono da vossa misericórdia e do vosso amor.
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