terça-feira, 7 de maio de 2019

EVANGELHO DO DIA 7 DE MAIO

Evangelho segundo São João 6,30-35. 
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: "Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu"». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Alexandria(380-444) 
bispo, doutor da Igreja 
Sobre Isaías, IV, 1 
«Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu»
«Cantai ao Senhor um cântico novo!» (Sl 95,1). Novo é o cântico, para se ajustar a realidades novas, pois, como Paulo escreveu, «se alguém está em Cristo é uma criatura nova; o mundo antigo passou, foi feito um mundo novo» (2Cor 5,17). Os que eram israelitas de sangue foram libertados da tirania dos egípcios graças ao mediador desse tempo, o muito sábio Moisés; foram libertados do trabalho penoso dos tijolos, dos suores inúteis das tarefas terrenas [...], da crueldade dos supervisores, da dureza inumana do faraó. Atravessaram o mar; no deserto comeram o maná; beberam a água que jorrou do rochedo; passaram o Jordão a pé enxuto; foram introduzidos na terra da promessa. Ora, tudo isso foi renovado por nós, e o mundo novo é incomparavelmente melhor que o antigo. Nós fomos libertados de uma escravatura que não é terrena, mas espiritual; fomos libertados, não só das tarefas desta Terra, mas da mancha dos prazeres carnais. Não escapámos aos contramestres egípcios ou ao tirano ímpio e impiedoso, homem como nós, mas aos demónios malignos e impuros que incitam a pecar, e ao chefe da sua raça, Satanás. Atravessámos as ondas da vida presente, como um mar, com o seu tumulto e as suas loucas agitações. Comemos o maná espiritual, o pão descido do Céu, que dá a vida ao mundo. Bebemos a água que jorra da rocha, fazendo das águas vivas de Cristo as nossas delícias. Atravessámos o Jordão graças ao santo batismo que fomos julgados dignos de receber. Entrámos na terra prometida aos santos e preparada para eles, a terra que o Senhor recorda ao dizer: «Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra» (Mt 5,4).

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