PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA-REDENTORISTA 50 ANOS CONSAGRADO 43 ANOS SACERDOTE |
Partiu
apressadamente
A celebração do tempo do Advento tem por
finalidade nos lembrar, alertar e promover a consciência sempre maior que Deus
visita seu povo. A vinda do Filho de Deus na encarnação continua a visita de
Deus que acontece desde o início da humanidade e se torna visível na pessoa de
seu Filho Jesus. Paulo ensina que podemos conhecer Deus pela natureza: “Sua
realidade invisível – seu eterno poder e sua Divindade - tornou-se tangível,
desde a criação do mundo através das criaturas” (Rm 1,20). Os judeus receberam o privilégio
de darem o início ao processo de vinda de Deus na pessoa de Jesus, desde a
escolha de Abraão, a libertação do Egito, a formação de um povo, a terra
prometida e a lei que os educou. Continua Paulo: “Agora, se manifestou a
justiça de Deus... que opera pela fé em Jesus Cristo” (Rm 3,21-22). Maria, depois de receber
a visita do Anjo Gabriel que lhe anuncia que será mãe de um filho que será
“chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor lhe dará ao trono de Davi seu Pai” (Lc 1,32-33). É o
Messias prometido. A visita de Maria a Isabel quer retomar todo o caminho feito
por Deus: visitar seu povo. A visita de Maria não pode se reduzir ao
ensinamento da caridade que é já o sentido do amor de Deus manifestado na
Encarnação do Filho. Ele mostra que Maria é a nova arca da aliança que leva em
si o Filho de Deus e O leva em visita. Essa visita dá o Espírito Santo que
santifica João Batista no seio de sua mãe e desperta em Isabel a fé que
proclama Jesus o Senhor. E, consequentemente, Maria, Mãe do Senhor (que
significa Deus). Desperta em Maria o canto no qual reconhece a obra do Senhor e
sua humilde e consciente participação. Ao nascimento de João, Zacarias seu pai
é despertado de seu mutismo para proclamar que Deus visitou seu povo: “Bendito
seja o Senhor Deus de Israel porque visitou e redimiu seu povo” (Lc 1,68). Crer
significa que Deus realizará o que prometeu (Lc 1,45).
Venho
fazer vossa vontade
O autor da Carta aos Hebreus, lendo nas
Escrituras o Salmo 40, entende os sentimentos que o Verbo Eterno tem ao se
encarnar. O que estava no coração do Filho de Deus ao se encarnar e nascer
entre nós. “Por que me faço homem?” perguntava a si mesmo. Os sacrifícios
antigos tinham cumprido sua missão. Agora era necessário outro sacrifício, não
é mais de carne, mas da vontade, isto é, da entrega total de Si mesmo ao Pai:
“Eis que venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para
fazer a tua vontade” (Hb
10,7). O sacrifício de Cristo não está no sangue, que foi consequência
do sacrifício maior que é a entrega total de sua vontade ao Pai. “É graças a
esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Cristo, realizada
uma vez por todas”. Depois do sacrifício da vontade há a consequente entrega
total de si mesmo no seu corpo. Participamos do sacrifício de Cristo rezando no
Pai Nosso: “Seja feita vossa vontade”.
Um
único mistério
Rezamos
na oração: “Conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnação de vosso Filho,
cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da Ressurreição” (oração). Vemos aqui a
unidade dos mistérios de Cristo. Mistério é a vida de Cristo entre nós e da
qual participamos . Por essa celebração do Natal somos santificados. A
celebração nos une a Cristo que se oferece ao Pai e nos une a Si em sua
Ressurreição. Rezamos pedindo que Deus se volte para nós. E que nos voltemos
para Ele e peçamos sua proteção. Estaremos protegidos se fizermos a vontade do
Pai e levemos as pessoas ao encontro de Jesus.
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