domingo, 20 de janeiro de 2019

Santo Eutímio de Tarnovo

Eutímio de Tarnovo (em búlgaro: Евтимий Търновски - Evtimiy Tarnovski; lang-la|Euthymius}}) foi o patriarca da Bulgária entre 1375 e 1393. Amplamente considerado como uma das mais importantes personalidades medievais búlgaras, Eutímio foi o último patriarca da Igreja Ortodoxa Búlgara no Segundo Império Búlgaro. Possivelmente o mais estimado dos patriarcas búlgaros, Eutímio foi um defensor do hesicasmo durante a controvérsia hesicasta e um clérigo muito influente no mundo ortodoxo da época. Primeiros anos Nascido na década de 1320 e, possivelmente, membro da eminente família Tsamblak na capital Tarnovo, Eutímio foi educado nos mosteiros na capital ou nas redondezas, tornando-se monge muito cedo. Ele juntou-se ao Mosteiro Kilifarevo por volta de 1350, atraído pela reputação de Teodósio de Tarnovo, que o nomeou seu primeiro assistente em 1363. Eles viajaram juntos para Tsarigrad, onde Teodósio morreu pouco depois.
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Eutímio depois se juntou ao Mosteiro de Estúdio e à Grande Lavra de Atanásio, o Atonita, em Monte Atos. Ele foi influenciado por excepcionais pensadores, acadêmicos e reformadores das crenças e da vida espiritual como Gregório, o Sinaíta, Gregório Palamas, Calisto Filoteu e João Kukuzelis. Eutímio foi exilado para ilha de Lemnos pelo imperador bizantino João V Paleólogo, voltou para o mosteiro búlgaro de Zograf em Monte Atos quando foi solto. Foi lá que ele começou a ponderar sobre uma reforma na escrita e num plano para efetivar correções nas traduções dos livros sagrados. Atividade na Bulgária Por volta de 1371, Eutímio retornou para a Bulgária e fundou o Mosteiro Patriarcal da Santíssima Trindade perto de Tarnovo, onde localizava-se também a Escola Literária de Tarnovo. Ele consolidou ali suas reformas ortográficas e corrigiu diversos livros religiosos traduzidos de forma incorreta comparando-os com as versões em grego bizantino. Estes textos corrigidos tornaram-se modelos para as igrejas ortodoxas da Bulgária, Sérvia, Romênia e Rússia através do compartilhamento do uso do antigo eslavônico eclesiástico. Gregório Tsamblak, seu biógrafo, comparou a obra de Eutímio às de Moisés e do faraó Ptolemeu I Soter. Em 1375, depois da morte do patriarca Joanício (Ioanikiy), Eutímio foi eleito seu sucessor. Um defensor do ascetismo, Eutímio perseguiu a decadência moral e o que ele considerava como heresias. Ele ficou famoso em todo mundo ortodoxo e diversos metropolitas e hegúmenos o procuraram em busca de suas interpretações sobre assuntos teológicos. Das obras de Eutímio, quinze são conhecidas: são livros litúrgicos, obras laudatórias, paixões e epístolas. Muitas outras se perderam ou ainda não foram descobertas. Entre seus discípulos estão Gregório Tsamblak, metropolita de Kiev; Cipriano, metropolita de Moscou; Joasafa de Vidin e Constantino de Kostenets. Queda de Tarnovo e suas consequências Na primavera de 1393, o filho do sultão otomano Bayezid I, Suleiman Çelebi, cercou a capital búlgara com um enorme exército. Com o tsar João Shishman fora da cidade (ele estava liderando o que restava de seu exército em Nicópolis), Eutímio acabou encarregado de liderar a defesa da cidade, o que ele fez de forma heroica. Depois de três meses, os otomanos capturaram a cidade de assalto - e provavelmente com a ajuda de um traidor - em 17 de julho de 1393. Joasafa de Vidin, metropolita de Vidin, um contemporâneo do evento, descreveu-o da seguinte forma: "Uma grande invasão muçulmana ocorreu e uma grande destruição da cidade e das redondezas se produziu". De acordo com Gregório Tsamblak, as igrejas foram convertidas em mesquitas, sacerdotes foram expulsos e substituídos por "professores de pureza". Cento e dez boiardos e cidadãos eminentes foram massacrados, mas o patriarca recebeu apenas uma reprimenda e foi exilado para o Thema da Macedônia, possivelmante para o Mosteiro Bachkovo, onde supõe-se que ele tenha morrido entre 1402 e 1404. O patriarcado de Tarnovo deixou de existir, a Igreja da Bulgária perdeu sua independência e se submeteu novamente ao Patriarcado de Constantinopla até 1870. O patriarca Eutímio foi canonizado e sua memória é celebrada no mesmo dia que o seu homônimo, Eutímio, o Grande, em 20 de janeiro. Fonte: https://pt.wikipedia.org

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