Papa Francisco discorre sobre um
aspecto raro da catequese. Ensinar a Verdade é mostrar uma maneira bela de se
viver, pois a Verdade é bela. O ensinamento deve levar também a perceber seu
aspecto de beleza. É o caminho da Beleza. Assim afirma: “Anunciar o Cristo
significa mostrar que crer Nele e segui-lo não é algo apenas verdadeiro e
justo, mas também belo, capaz de cumular a vida de um novo esplendor e de uma
alegria profunda, mesmo no meio das provações” (EG 167). Cristo era belo, na
medida da beleza de Deus. Para quem ama, toda pessoa é bela. A beleza é um meio
de evangelização e catequese: “As expressões da verdadeira beleza podem ser
reconhecidas como uma senda que ajuda a se encontrar com o Senhor Jesus”. Não
se trata da beleza que exclui a partir de modelos estéticos. A verdade, a
bondade e a beleza podem chegar ao coração do homem e fazer resplandecer nele a
verdade e a bondade do Ressuscitado. “Como S. Agostinho afirma que não amamos
senão o que é belo, o Filho feito homem, revelação da beleza infinita, é
sumamente amável e atrai-nos para Si com laços de amor” (167). Como uma
dimensão necessária, o caminho da beleza deve estar presente na transmissão da
fé. O Papa estimula o uso da arte na evangelização. Podemos citar o passado: em
muitas igrejas muito antigas, todas as paredes, inclusive das colunas, estavam
cheias de pinturas. O autor Delemeau afirma que as mães ensinavam a catequese
aos filhos apontando com os dedos. Assim o povo de Deus foi evangelizado. As
demais artes, como a música e a escultura foram instrumentos de catequese pelo
belo. Há novos meios e criatividades para levar avante esse método de
evangelização e catequese, diz o Papa, mesmo saindo dos meios convencionais que
possam não ser atrativos para nós, mas a eles sim que os usam.
1607. Acompanhar o crescimento
O alegre anúncio deve corresponder a uma alegria de vida que, mesmo nos
momentos sombrios e no meio de tantos erros e problemas, ver o lado positivo a
ser promovido. Para essa missão, é preciso a personalização. O Papa,
continuando sua prática pastoral, aconselha a estar junto e “ter um olhar solidário
para contemplar e comover-se e parar diante do outro… e tornar presente a
fragrância da presença solidária de Jesus e o seu olhar pessoal” (EG
169). Vejamos a beleza desse ensinamento: “A Igreja deve iniciar seus
membros sacerdotes, religiosos e leigos nesta arte do acompanhamento para que
todos aprendam sempre tirar as sandálias diante da terra sagrada do outro” (Ex
3,5). Acompanhar para libertar. Escutar mais e ouvir respeitosa e
compassivamente, dando o tempo ao tempo. Cada fruta tem seu tempo de amadurecer
(Cfr EG 170).
1608.Bela é a palavra
É da
Palavra de Deus que se retira a força e a beleza do anúncio. Não usamos as
Sagradas Escrituras para provar o que dizemos. É vivendo a Palavra que ela se
torna vigor e caminho. Ela está no meio do povo de Deus e é conservada no
Livro Santo. Por isso, tudo o que se faz e se ensina deve ter a Palavra como
fonte. Diz o Papa: “Toda evangelização está fundada sobre a Palavra ouvida,
meditada, vivida, celebrada e testemunhada” (174). A Igreja não evangeliza se
não é evangelizada. Na evangelização e na catequese ocupe sempre o primeiro
lugar como fonte de ensinamento, a Palavra. É preciso um estudo sério,
permanente e amplo para toda a comunidade paroquial e diocesana. Como já vimos,
é necessária a formação para que tenhamos bons evangelizadores e catequistas.
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