Jesus ao subir ao Céu, deu aos
apóstolos a ordem: “Ide e fazei que todas os povos se tornem discípulos,
batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a
observar tudo o que vos ordenei” (Mt 28,19-20). Jesus coloca a formação como
garantia para que os novos discípulos possam viver e levar avante o anúncio que
acolheram. Ensinar é a atitude permanente do evangelizador e aprender é o
privilégio do discípulo, como lemos em Isaías: “De manhã em manhã Ele me
desperta, sim, desperta meu ouvido para que eu ouça como os discípulos” (Is
50,4). Formação faz parte da evangelização para o constante crescimento.
Ninguém pode se contentar com o pouco. Somos filhos da Sabedoria. O homem mais
sábio não é aquele que tem muito a transmitir, mas aquele que se dispõe sempre
aprender. Jesus Cristo é nosso Mestre. Para viver Cristo, não se pode contentar
com pouco. Este crescimento não é somente formação doutrinal, que é importante.
O crescimento é integral: a doutrina aprendida se torna verdade vivida. Papa
Francisco insiste no nº 160 de Evangelii Gaudium: “Cada ser humano precisa
sempre mais de Cristo, e a evangelização não deveria deixar que alguém
contentar-se com pouco, mas possa dizer com plena verdade: ‘Já não sou eu que
vivo, mas é Cristo que vive em mim’” (Gl 2,20). A vivência do mandamento do
amor é uma escola de aprendizado e instrução. O amor não é só um sentimento,
mas uma atitude que envolve todas nossas potencialidades. Aprender para viver
melhor o amor é cumprir o mandamento do amor e realizar o crescimento
espiritual. Através da catequese e homilias transmitimos doutrinas, mas precisamos
nos deixar transformar no aprendizado do mandamento do amor, em Cristo.
1604.
O fio que une a Catequese
A Igreja sempre se preocupou com a
formação do povo de Deus. A grande dificuldade é o interesse e a perseverança
dos fiéis. Nem sempre a resposta tem sido suficiente. O Papa insiste que o
primeiro anúncio deve ocupar o centro da atividade evangelizadora da renovação
eclesial. “É o Espírito que nos faz crer em Jesus que, com sua morte e
ressurreição, nos revela e comunica a misericórdia do Pai” (EG 164). Vemos como
o Papa não perdeu seu dom de ser um pároco que é pai da comunidade: “Na boca do
catequista, volta a ressoar sempre o primeiro anúncio: ‘Jesus Cristo te ama,
deu a sua vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te
iluminar, fortalecer, libertar” (164). Este anúncio deve estar presente na
catequese e se tornar algo que sempre volta na vida de quem crê. É ele que dá
consistência a toda a formação “doutrinal” que só será sólida se estiver unida
a ele. Esse é o fio que une todo ensinamento.
1605.Tomar
pela mão
O anúncio fundamental do
amor de Deus que salva vem por primeiro e dá sentido às obrigações morais e
religiosas. Traz consigo um apelo à liberdade, à alegria, ao estímulo,
proximidade, acolhimento e diálogo. Com o anúncio temos a mistagogia, isto é,
junto ao ensinamento, deve-se fazer a experiência. É tomar pela mão e
introduzir nesse novo modo de vida com métodos sempre renovados que atraiam e
conduzam a pessoa num crescimento comunitário de escuta e resposta (EG 165). A
formação não pode ser exclusivamente de modo escolar com cursos, mas de
experiência na comunidade. O que vemos na comunidade é a celebração e
atividades sempre reservadas a um pequeno grupo. Onde ficam as crianças e os
jovens? A comunidade também é anunciadora e formadora.
https://refletindo-textos-homilias.blogspot.com/
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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