Evangelho segundo São Mateus 9,27-31.
Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós».
Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor».
Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé».
E abriram-se os seus olhos. Jesus advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado, para que ninguém o saiba».
Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela terra.
Tradução litúrgica da Bíblia
São Máximo de Turim (?-c. 420)
bispo CC
Sermão 53, sobre o salmo 117; PL 57, 361
Sermão 53, sobre o salmo 117; PL 57, 361
«O Verbo era a luz verdadeira que,ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1,9)
Este dia que o Senhor fez (Sl 117,24) penetra em todas as coisas e tudo contém, abarcando o Céu, a Terra e os infernos! A luz que é Cristo não é detida por muros, nem anulada pelos elementos, nem ofuscada pelas trevas. A luz de Cristo é um dia sem noite, um dia sem ocaso, que resplandece em toda a parte, que em toda a parte irradia e permanece. Cristo é o dia, afirma o apóstolo Paulo: «A noite vai avançada e aproxima-se o dia» (Rom 13,12). A noite vai avançada, afirma ele, e precede o dia. Significa isto que, quando aparece a luz de Cristo, as trevas do demónio se dispersam e a noite do pecado se detém: o esplendor eterno expulsa as sombras do passado e detém o progresso dissimulado do mal.
A Escritura atesta que o dia de Cristo ilumina o Céu, a Terra e os infernos. Este dia brilha na Terra: «Ele era a luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1,9); resplandece nos infernos: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» Is 9,1); e, no Céu, o dia permanece, como afirma David: «A sua descendência permanecerá para sempre e o seu trono será como o Sol na minha presença» (Sl 89,37)
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