Jesus
inicia o anúncio do Reino na Galiléia. Dizer Galiléia era dizer região das
trevas. Ali havia uma população misturada de pagãos e de judeus. Justamente ali
surge Jesus, a Luz que dá a esperança. Durante este período começa a reunir os
discípulos convocando-os diretamente. Ao chamar os discípulos Jesus tem o
esquema: passou, viu e chamou. O discípulo tem duas escolas: a da palavra que
ouvem e da vida que compartilham com o Mestre. Está intimamente ligado à
pregação do Mestre Jesus: “Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”
(Mt
4,17). Não é só um anúncio de palavras,
mas um modo de vida. O chamado é de Deus, pois o Reino lhe pertence. Jesus
ensina que devemos pedir operários para a colheita (Mt 9,38). Jesus, em nome do Pai, chama os colaboradores para
se agregarem à missão do anúncio do Reino. A resposta humana deve ser dada com
totalidade e prontidão. Acompanham Jesus
em sua missão: “Ele andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas,
pregando o evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade” (Mt 4,23). A convivência com Jesus é o primeiro aprendizado. O
modo de anunciar de Jesus era itinerante. Jesus não criava comunidades, criava
em volta de si a comunidade que iria continuar Sua missão. A primeira leitura
fala da alegria que caracteriza o anúncio: “Fizestes crescer a alegria, e
aumentastes a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres
ceifeiros na colheita” (Is 9,2). O
anúncio é de libertação de um jugo opressor das forças do mal (3). A palavra evangelho significa anúncio alegre.
Jesus continua chamando
A Igreja
deve estar em permanente estado de missão. Sentimos que o importante é a
estrutura e as leis que a regem. O que justifica sua existência não é
dinamizado: a missão continua com as características que lhe dava Jesus:
anúncio de conversão para que se instaure o Reino que transforma todas as realidades.
A vocação do discípulo é a mesma realizada por Jesus que era de iluminar e
trazer vida pela conversão pessoal e transformação da situação do povo
oprimido, como diz Isaias (9,3). Não
existe na Igreja discípulo que se estacione e monte seu reino à sua imagem e
semelhança. A pregação tem a finalidade de iluminar os caminhos como rezamos no
salmo 26: “O Senhor é minha Luz e Salvação”. Proclamar o Evangelho é a primeira
caridade que podemos fazer, pois nasce do Espírito que conduzia Jesus. Como
Jesus superou a tentação e por isso pode iniciar sua missão, assim cada
discípulo deve converter-se para que seu anúncio seja credível. Não desprezar
as populações de má fama, pois foi nesse mundo que Jesus iniciou. O Reino não
foi feito para os perfeitos, mas para que os perfeitos o levem ao mundo das
trevas e do sofrimento. O mundo do abandono é o reino do seguidor de Jesus.
Manter a unidade
A união é realizada em Cristo. É necessário apresentar uma mensagem
pura do Evangelho. Todos, com seus carismas e jeito de ser, compartilham na
mesma missão sem divisões, como nos diz Paulo. Num mundo de tanta divisão, a
unidade dos cristãos é um elemento fundamental para o anúncio do Evangelho.
Papa Francisco prega urgência no testemunho. As divisões prejudicam o corpo da
Igreja, pois Cristo não está retalhado. Podemos ser diferentes, mas unidos. A
Eucaristia sempre une na caridade para o alegre anúncio que é o Evangelho.
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