Na
liturgia de hoje, já próxima do final do Ano Litúrgico, temos a reflexão sobre
o fim dos tempos. Quando chega o fim de
um século ou de um milênio, alguns marcam o dia do fim do mundo (O que nem
Jesus sabia quando seria). Naquele tempo também havia essa preocupação. Em suas
conversas com Jesus, os discípulos falaram da beleza do templo. Ele respondeu:
“Virão tempos em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído” (Lc 21,6). Perguntaram:
“Quando acontecerá isso e quais serão os sinais?” Os judeus faziam essas
perguntas, pois os tempos messiânicos viriam com sinais grandiosos. Jesus
respondeu com a linguagem apocalíptica que apresenta símbolos e não faz
descrição. Sempre quando acontecem catástrofes já se pensa que é o fim. Guerra,
terremotos e outros males sempre aconteceram. Lembramos os males das guerras
mundiais, a bomba atômica em Hiroshima, os campos de concentração, a migração
dos povos que passam por sofrimentos de guerra ou miséria. E o fim não veio. Jesus
preveniu seus discípulos e ensinou que não deveriam deixar se enganar por
aqueles que dizem que vêm em seu nome. Em segundo lugar ensinou a não ter medo
nem ficar apavorado: “Não perdereis um só fio de cabelo de vossa cabeça” (Lc 21,18). Em
terceiro lugar disse que, antes que isso acontecesse, seriam perseguidos e presos
por causa de Seu nome, isto é, por serem seus discípulos. Vamos passar pelo que
ele passou. Ensinou que devíamos tomar a cruz e seguí-Lo (Mc 8,34). O profeta
Malaquias disse que o dia do Senhor iria queimar todos os males (Ml 3.19). A nós
compete entender que vamos ao encontro do fim, mas não para uma destruição,
pois para os que creem em Cristo, não há destruição.
Todos vos odiarão
Ainda hoje, como
sempre, existe perseguição dos fiéis em países muçulmanos, regiões hinduístas e
em tantos países ditos de primeiro mundo que falam de liberdade, mas oprimem os
que têm fé. Jesus diz que não se preocupassem, pois não perderão a fé nem a
Deus. Preveniu: “Todos vos odiarão por causa do meu nome”. O ódio é contra
Jesus e, por isso, atinge seus seguidores. É o dragão que quer devorar o filho
da mulher. Não podendo destruir o Filho, vai sobre a mulher, que representa a
Igreja (Ap 12,1-6).
Por que tanto ódio contra os seguidores de Jesus? Porque a fé exige conversão e
mudança de vida. Sua palavra destrói as bases do mal: riqueza, poder, orgulho.
São as mesmas tentações pelas quais passou Jesus e passamos nós. Ele venceu e
nele vencemos.
Esperar ocupados
São
Paulo dá a regra do bem viver na comunidade: “Quem não quer trabalhar, também
não deve comer”. Paulo diz assim porque alguns, vendo que o fim estava próximo,
não assumiam e viviam “muito ocupados em nada fazer”. Ensina que esperar
significa cumprir o dever e fazer o bem: “Não temos vivido entre vós na
ociosidade... trabalhamos com esforço e cansaço... para não sermos cansados a
ninguém”. (1Ts 3,10-11).
Felicidade está em servir de todo coração (oração). Pedimos que a Eucaristia nos faça
crescer na caridade (Pós-comunhão).
Ouvimos as palavras do profeta Malaquias: “Para vós que temeis o meu nome,
nascerá o sol da justiça, trazendo a salvação em suas asas” (Ml 3,20ª). A profecia
sobre o fim dos tempos não nos apavore, mas anime: “É permanecendo firmes que
ireis ganhar a vida” (Lc
21,19). Paulo ensina que o que “vale é a fé que age pela caridade” (Gl 5,6).
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário