segunda-feira, 2 de abril de 2018

EVANGELHO DO DIA 2 DE ABRIL

Evangelho segundo S. Mateus 28,8-15.
Naquele tempo, Maria Madalena e a outra Maria, que tinham ido ao túmulo do Senhor, afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria, e correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição. Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão». Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: «Dizei: ‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O, enquanto nós estávamos a dormir’. Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz». Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus, até ao dia de hoje.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego 
Catequese 13
«Jesus saiu ao seu encontro»
Muitas pessoas acreditam na ressurreição de Cristo mas poucas têm dela uma visão clara. Como poderão aqueles que não a testemunharam adorar a Cristo como santo e como Senhor? Com efeito, está escrito: «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" senão pelo Espírito Santo» (1Cor 12,3), e também: «Deus é Espírito e os que O adoram devem adorá-lo em espírito e verdade» (Jo 4,24). [...] Porque é então que o Espírito Santo nos incita a dizer hoje [na liturgia]: «Nós vimos a ressurreição de Cristo. Adoremos o Santo, o Senhor Jesus, o único que não tem pecado»? Porque nos convida a afirmá-lo, como se O tivéssemos visto? Cristo ressuscitou uma só vez, há mil anos, e mesmo nessa altura ninguém O viu ressuscitar. Quererá a Sagrada Escritura que mintamos? Nem pensar! Pelo contrário, ela exorta-nos a atestar a verdade, esta verdade que, em cada um de nós, seus fiéis, emana da ressurreição de Cristo; e não o faz uma só vez, mas hora a hora, por assim dizer, sempre que o Mestre em pessoa, Cristo, ressuscita em nós, vestido de branco e fulgurante em raios de incorruptibilidade e de divindade. Porque a luminosa vinda do Espírito faz-nos entrever, como naquela manhã, a ressurreição do Mestre, ou antes, dá-nos a graça de O vermos, a Ele, o ressuscitado. É por isso que cantamos: «O Senhor é Deus e apareceu-nos» (Sl 117,27); e, aludindo à sua segunda vinda, acrescentamos: «Bendito O que vem em nome do Senhor» (v. 26). [...] É, pois, espiritualmente, aos olhos do nosso espírito, que Ele Se mostra e Se faz ver. E, quando isso se produz em nós pelo Espírito Santo, Ele ressuscita-nos dos mortos, vivifica-nos e dá-Se a ver, inteiro, vivo em nós, Ele que é o imortal e o eterno: dá-nos a graça de O conhecermos claramente, Ele que nos ressuscita consigo e nos faz entrar consigo na sua glória.

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