Nesse mês de julho estamos com os olhos voltados
para o grande encontro dos jovens no Rio de Janeiro. A alegria de ter a
presença do Papa Francisco traz a esse encontro um toque todo especial. A
juventude passa depressa. Cada idade tem sua contribuição. Ser adulto antes da
hora, ser jovem depois de passada a idade, não ajuda em nada. O importante é
ser o que sou na minha idade. Ouvimos que os jovens deixaram a Igreja. Por
outro lado, vemos tantos jovens nas celebrações. Uma comunidade será boa se der
espaço ao jovem. Se fizermos uma Igreja só para os idosos, ficaremos sozinhos,
pois passamos. Nem só para jovens. Acolher o jovem como jovem, o adulto como
adulto, criança como criança. O modelo é a família que combina as três ou
quatro gerações. As diferenças fazem a riqueza da comunidade. A opção pelos
jovens não é um folclore pastoral. Uma idade dá à outra seu dom e sua
sabedoria. Entre ss apóstolos de Jesus há João que é testemunha de todos os
fatos. Sempre presente ao lado de Jesus nos momentos fundamentais como os
milagres, a transfiguração, a agonia no Horto das Oliveiras, nos sofrimentos da
Paixão e Morte e depois da Ressurreição. Estavam sempre juntos Pedro, Tiago e
João como testemunhas qualificadas. Lembramos que os jovens se aproximavam de
Jesus com naturalidade, como o jovem rico. O Antigo Testamento traz um fato
interessante: Quando foi feito o altar para o sacrifício da aliança no Sinais,
foram jovens que imolaram os sacrifícios (Ex 24.05). Não havia ainda o sacerdócio instituído que começa
com Aarão. Lembremos os jovens que assumem grandes missões no Antigo
Testamento: Josué, Samuel, Davi, Jeremias... isso sem falar de Maria e José.
1292.
Jovens optando por Cristo.
Uma
coisa é certa: Se não for feita a opção por Cristo na juventude, dificilmente
se fará como adulto. Podemos ver o exemplo S. Francisco, S. Bernardo, B.
Anchieta. Lembremo-nos que Maria e José eram jovens. As vocações sempre surgem
na adolescência e se definem na juventude. Se às vezes arrastamos uma vida
espiritual sem definição é porque não houve uma definição por Cristo que tenha
encantado nossa vida. Por isso, todo o empenho para que os jovens participem da
Igreja, não é pela idade, mas por seu vigor evangélico que vai renovar a Igreja.
Não são os anos que a renovam, mas a disposição por Cristo. Os apóstolos,
quando iniciaram seu caminho com Jesus, não eram aqueles senhores barbudos.
João era jovem de pouca idade, encantado com Jesus, sempre junto Dele. Sua
carta mostra a experiência que fez: “O que ouvimos, o que vimos com nossos
olhos, o que contemplamos e nossas mãos apalparam da Palavra da Vida... (1Jo
1,1-3). Foi um contato pessoal. João
teve vida longa, mas sempre manteve esse encanto por Jesus.
1293
Jesus sempre é o modelo
Jesus,
aos 12 anos (idade de sua maioridade no povo de Israel), assumiu com prazer
estar na casa do Pai (Lc 2,41ss).
“Como jovem Ele crescia em sabedoria, em estatura e graça, diante de Deus e dos
homens” (52). Em sua
caminhada entre o povo estava sempre rodeado de jovens: Lembramos o moço rico,
o jovem da viúva de Naim... São João, em sua carta, rasga um elogio aos jovens:
“Eu vos escrevo jovens, porque vencestes o Maligno... Eu vos escrevi jovens porque
sois fortes, porque a Palavra de Deus permanece em vós” (1Jo
1,13-14). Temos uma missão: abrir aos
jovens o Evangelho vivo e mostrar um Jesus vivo que foi jovem como eles. O
jovem que acolheu Jesus em sua vida faz a diferença. Não deixe para acolher Jesus
na idade madura, pois já estará acomodado.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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