Nasceu por volta do ano 1305 numa aldeia da Aquitânia, França. Os seus pais viviam em pobreza extrema, o que levou Pedro Tomás a abandonar o lar paterno muito cedo para não ser pesado aos seus. Era Pedro Tomás de estatura baixa, mas possuía uma inteligência rara e profunda. Vivendo de esmolas, conseguiu estudar, tornando-se mestre e professor com apenas 17 anos. Foi convidado para ser professor dos estudantes carmelitas, vindo também ele a entrar na Ordem em 1327. Ensinou várias matérias em muitos conventos da Ordem, até ser nomeado Procurador da Ordem junto da Santa Sé, que então se encontrava em Avinhão. Em certa ocasião, vendo o Padre Geral a humilde e pequena aparência do santo, envergonhava-se de o apresentar aos Cardeais. No entanto, certo Cardeal que conhecia a fama de Frei Pedro Tomás resolveu apresentá-lo. O Papa fê-lo seu Núncio e Legado, encomendando-lhe muitas e difíceis missões que Frei Pedro Tomás resolveu sempre em bem. Foi arauto e apóstolo incansável da paz e da unidade da Igreja, pelo que depressa este nosso irmão grangeou em toda a parte fama de santo. Depois de ter exercido o múnus de bispo em várias dioceses, foi nomeado Patriarca de Constantinopla. Apesar dos altos cargos que exerceu, nas suas viagens, Frei Pedro Tomás procurava sempre, como residência, os conventos dos seus irmãos carmelitas, vivendo como irmão e com os irmãos de Nossa Senhora do Carmo a vida normal da comunidade, segundo a Regra. Morreu no dia 6 de Janeiro de 1366. Apesar de ser bispo, pediu que o vestissem com o hábito da Ordem. Era muito devoto da Virgem Maria e um dia contou a um irmão que Nossa Senhora lhe tinha aparecido dizendo-lhe que a Ordem do Carmo durará até ao fim dos tempos.
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