Descendente de nobres, Tomás nasceu
na cidade de Génova, na Itália, em 9 de janeiro de 1818. Aos vinte
anos, decidiu dedicar-se à vida religiosa, deixando para trás o luxo e
uma carreira brilhante. Escolha essa definitiva, pois, ao receber a
ordenação sacerdotal, fez voto de pobreza. Apesar da pouca idade, foi
nomeado vice-reitor do seminário de Gênova, aos vinte e cinco anos, e
logo depois assumiu a titularidade da reitoria. Sua dedicação na
formação dos futuros sacerdotes era para que realmente eles estivessem
dispostos a um compromisso pleno e total de suas vidas, sem receios, com
Deus e com Igreja. Em 1877, foi consagrado bispo de uma diocese
genovesa muito pobre, chamada Ventimiglia, onde foi um pastor visionário
e verdadeiro guia espiritual do seu rebanho. Convocou três sínodos em
quinze anos, criou novas paróquias, renovou a liturgia e trabalhou para
aumentar a atuação da assistência social aos pobres e doentes da
diocese. No primeiro ano de seu bispado, fundou a Congregação das
Religiosas de Santa Marta, com o objectivo de acolher os mais pobres
entre os pobres. Essas religiosas aprenderam com ele a adorar a Deus em
silêncio, a alimentar-se da oração, a encontrar, de joelhos, as razões
de uma fé que faz descobrir Cristo nos mais necessitados. Mais tarde,
dom Tomás direccionou a Congregação das Religiosas de Santa Marta para
servir como enfermeiras nos asilos, orfanatos e hospitais de
misericórdia. Apesar da idade avançada, quando um terramoto devastou a
região dom Tomás agiu rapidamente. Pedindo ajuda financeira aos nobres
locais, imediatamente construiu um orfanato e um hospital, que foram
entregues aos cuidados de suas religiosas. Também conseguiu verba para
reconstruir sua diocese, recuperando todas as igrejas e paróquias
atingidas pela catástrofe. O papa Leão XIII nomeou dom Tomás arcebispo
de Génova quando ele já contava com setenta e quatro anos de idade.
Apesar das dificuldades, entrou em acção e criou a Pontifícia Faculdade
Católica de Direito e a Escola Superior de Religião. Foi ele também que
celebrou em Roma o ritual religioso para o sepultamento do rei Humberto
I, assassinado em Monza em 1900. No ano seguinte, aceitou o convite para
a festa de inauguração da estátua do Redentor instalada no alto do
monte de uma cidade de sua diocese. Quando viajava, como sempre na
terceira classe de um trem, passou mal e não conseguiu chegar ao
destino. Morreu, na cidade de Triora, em 22 de novembro de 1901. O papa
João Paulo II proclamou-o bem-aventurado no ano jubilar de 2000. As suas
filhas, Religiosas de Santa Marta, hoje se encontram servindo em muitos
países de todos os continentes, até no Brasil. Por isso a festa que
celebra a sua lembrança, e que ocorre no dia de sua morte, é muito
comemorada pelos fiéis.http://www.paulinas.org.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário