São Gerardo Sagredo é celebrado pela Igreja hoje (24). Nasceu em 980, em Veneza, filho de pais ilustres. Tornou-se sacerdote beneditino e foi enviado em missão para a Corte da Hungria. Lá, foi diretor espiritual e professor do rei Estêvão I, também proclamado santo pela Igreja. Ambos trabalharam para a conversão dos húngaros ao cristianismo.
Ao assumir o bispado de Chonad, na Hungria, não cansou de combater as idolatrias aos deuses pagãos, pregando o Evangelho, consolidando a fé e recomendando o povo daquela região à intercessão de Nossa Senhora, “Onipotência Suplicante”. Com a morte do rei Estêvão, o santo passou a ser perseguido pelos opositores do cristianismo. São Gerardo foi preso e apedrejado até a morte em 24 de setembro 1046. As relíquias do santo estão guardadas em Veneza, sua terra natal, na igreja de Nossa Senhora de Murano. É festejado pela Igreja como o “Apóstolo da Hungria”.
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Confira trechos da carta do papa João Paulo II à Igreja da Hungria, redigida em 1980, por ocasião do milênio do nascimento de São Gerardo Sagredo: “Das suas biografias, a figura de São Gerardo aparece-nos em três sucessivas formas típicas de vida cristã: como monge, como apóstolo e como mártir. O monge é o homem de Deus que, em oração e trabalho, dedica completamente a vida a Deus; o apóstolo, anunciador da alegre nova salvífica do Evangelho, que educa para a santidade de vida o cristão e leva o pagão ao cristianismo; e o mártir que, como extremo testemunho do seu amor, se dá a Deus totalmente a si mesmo, a sua vida orante e a sua atividade apostólica. (…) São Gerardo com a sua vida deu testemunho de assíduo serviço de evangelização. Não procurou anunciar as próprias ideias, mas a boa nova de Cristo. Compreendeu também que só pode nascer uma ordenada comunidade eclesial desta maneira: procurando a comunhão com Cristo e oferecendo a própria vida em serviço dos irmãos. A comunhão vivida com Cristo e com os irmãos revela o verdadeiro significado da instituição da Igreja: levar à comunhão mediante a fé num Deus que é Amor e está perto. São Gerardo dedicou as suas energias para organizar a Igreja, comunidade local recém-nascida, inserindo-lhe as raízes na comunidade universal, quer dizer, na Igreja de Cristo. Esta unidade, fonte de vida e de fé, é condição indispensável para a frutuosa evangelização; e também nós devemos amar e servir a nossa pátria terrena, a sua cultura e os seus valores, sempre amando e servindo a Deus. Tem porventura a Igreja húngara missão mais importante que seguir o espírito apostólico sobre as pisadas do exemplo e da doutrina do seu grande Apóstolo? O martírio coroou esta vida dedicada a Deus na oração e na atividade apostólica. Os acontecimentos são conhecidos: o Bispo Gerardo, enquanto se dirige de Székesfehérvár a Buda, para receber Endre e depositar em mãos seguras a herança de Santo Estevão, isto é, o destino da jovem cristandade magiar, é morto por um grupo de pagãos revoltados. Este martírio foi o testemunho derradeiro do amor de São Gerardo à sua nova pátria, ao seu novo povo. ‘Maiorem hac dilectionem nervo habet, ut animam suam ponat quis pro amicis suis’ (Jo 15, 13). Martírio, na língua grega de que veio a palavra, significa exactamente ‘testemunho’. Se é verdade que a tarefa do cristão de hoje é praticar a harmonia interior da oração e do trabalho, e levar a que se desenvolva o espírito apostólico dedicado aos outros, é também verdade que tudo isto terá crédito e força aos olhos dos homens só se dermos testemunho da nossa convicção com toda a nossa vida, vivida e, se necessário, oferecida pelos irmãos. Exemplo e ensinamento último de São Gerardo mártir é que nós, com a dádiva total do nosso talento, das nossas forças e do nosso esforço, testemunhemos a verdade que acreditamos e professamos. ‘Accipietis virtutem supervenientis Spiritus Sancti in vos, et eritis mihi testes’ (Act 1, 8): este é o testamento de Cristo que regressa ao Pai. O monumento de São Gerardo, o monge, o apóstolo e o mártir, ergue-se no centro da vossa Capital, dominando o Danúbio, e, com o Crucifixo levantando no cimo, exorta-vos ainda hoje: sede testemunhas da fé em Cristo e do amor fraterno que é distintivo do Cristianismo, no meio do vosso povo. O Espírito de Cristo vos dê a força, mediante a poderosa intercessão da Santíssima Virgem, ‘Magna Domina Hungarorum’”. Tweet 6 Share Share Pin Mail Share
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Confira trechos da carta do papa João Paulo II à Igreja da Hungria, redigida em 1980, por ocasião do milênio do nascimento de São Gerardo Sagredo: “Das suas biografias, a figura de São Gerardo aparece-nos em três sucessivas formas típicas de vida cristã: como monge, como apóstolo e como mártir. O monge é o homem de Deus que, em oração e trabalho, dedica completamente a vida a Deus; o apóstolo, anunciador da alegre nova salvífica do Evangelho, que educa para a santidade de vida o cristão e leva o pagão ao cristianismo; e o mártir que, como extremo testemunho do seu amor, se dá a Deus totalmente a si mesmo, a sua vida orante e a sua atividade apostólica. (…) São Gerardo com a sua vida deu testemunho de assíduo serviço de evangelização. Não procurou anunciar as próprias ideias, mas a boa nova de Cristo. Compreendeu também que só pode nascer uma ordenada comunidade eclesial desta maneira: procurando a comunhão com Cristo e oferecendo a própria vida em serviço dos irmãos. A comunhão vivida com Cristo e com os irmãos revela o verdadeiro significado da instituição da Igreja: levar à comunhão mediante a fé num Deus que é Amor e está perto. São Gerardo dedicou as suas energias para organizar a Igreja, comunidade local recém-nascida, inserindo-lhe as raízes na comunidade universal, quer dizer, na Igreja de Cristo. Esta unidade, fonte de vida e de fé, é condição indispensável para a frutuosa evangelização; e também nós devemos amar e servir a nossa pátria terrena, a sua cultura e os seus valores, sempre amando e servindo a Deus. Tem porventura a Igreja húngara missão mais importante que seguir o espírito apostólico sobre as pisadas do exemplo e da doutrina do seu grande Apóstolo? O martírio coroou esta vida dedicada a Deus na oração e na atividade apostólica. Os acontecimentos são conhecidos: o Bispo Gerardo, enquanto se dirige de Székesfehérvár a Buda, para receber Endre e depositar em mãos seguras a herança de Santo Estevão, isto é, o destino da jovem cristandade magiar, é morto por um grupo de pagãos revoltados. Este martírio foi o testemunho derradeiro do amor de São Gerardo à sua nova pátria, ao seu novo povo. ‘Maiorem hac dilectionem nervo habet, ut animam suam ponat quis pro amicis suis’ (Jo 15, 13). Martírio, na língua grega de que veio a palavra, significa exactamente ‘testemunho’. Se é verdade que a tarefa do cristão de hoje é praticar a harmonia interior da oração e do trabalho, e levar a que se desenvolva o espírito apostólico dedicado aos outros, é também verdade que tudo isto terá crédito e força aos olhos dos homens só se dermos testemunho da nossa convicção com toda a nossa vida, vivida e, se necessário, oferecida pelos irmãos. Exemplo e ensinamento último de São Gerardo mártir é que nós, com a dádiva total do nosso talento, das nossas forças e do nosso esforço, testemunhemos a verdade que acreditamos e professamos. ‘Accipietis virtutem supervenientis Spiritus Sancti in vos, et eritis mihi testes’ (Act 1, 8): este é o testamento de Cristo que regressa ao Pai. O monumento de São Gerardo, o monge, o apóstolo e o mártir, ergue-se no centro da vossa Capital, dominando o Danúbio, e, com o Crucifixo levantando no cimo, exorta-vos ainda hoje: sede testemunhas da fé em Cristo e do amor fraterno que é distintivo do Cristianismo, no meio do vosso povo. O Espírito de Cristo vos dê a força, mediante a poderosa intercessão da Santíssima Virgem, ‘Magna Domina Hungarorum’”. Tweet 6 Share Share Pin Mail Share
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