Sua vida atribulada começou já no nascimento. Nasceu numa cocheira, de pais paupérrimos. Foi educado com muito rigor. Mal aprendeu a ler. Mas gostava de rezar e mortificar-se. Tentou ser Irmão franciscano, mas não conseguia nem descascar batatas. Deixava cair pilhas de pratos no chão, etc. Foi mandado embora como inútil. Passou para os capuchinhos. Aconteceu a mesma coisa. Voltou para os franciscanos como oblato. Sua única obrigação era cuidar da cocheira. Permitiram que estudasse para padre. Cada exame era um fracasso.
Seus superiores começaram a estudar qual seria o motivo de tantos desacertos.
Falta de atenção no trabalho? Distraído?
Finalmente descobriram: Era porque vivia absorto em Deus e desligado da terra, suspenso do chão, em êxtases contínuos. Às vésperas da ordenação sacerdotal o próprio bispo quis conferir seu preparo teológico. Caiu no exame o único trecho do evangelho que sabia explicar: “ditoso o ventre que te trouxe”. Foi aprovado, graças à grande devoção a Nossa Senhora. Os êxtases e carismas se multiplicaram. Todos vinham aconselhar-se com ele. Dava-se a si mesmo o nome de Frei Asno, e não Frei José. Na hora da morte exclamou:
Nossa Senhora, mostra que és minha mãe.!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
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