sábado, 5 de agosto de 2017

EVANGELHO DO DIA 5 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12.
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus e disse aos seus familiares: «Esse homem é João Baptista que ressuscitou dos mortos. Por isso é que nele se exercem tais poderes miraculosos». De facto, Herodes tinha mandado prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia constantemente a Herodes: «Não te é permitido tê-la por mulher». E embora quisesse dar-Lhe a morte, tinha receio da multidão, que o considerava como profeta. Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes e a filha de Herodíades dançou diante dos convidados. Agradou de tal maneira a Herodes, que este lhe prometeu com juramento dar-lhe o que ela pedisse. Instigada pela mãe, ela respondeu: «Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Baptista». O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, ordenou que lha dessem e mandou decapitar João no cárcere. A cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem, que a levou a sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. Depois foram dar a notícia a Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja 
Sermões 24-25 
Precursor na vida e na morte
João foi precursor de Cristo pelo seu nascimento, pela sua pregação, pelo seu batismo e pela sua morte. [...] Seremos capazes de descobrir uma única virtude, um só género de santidade que o precursor não tenha possuído no mais alto grau? Entre os santos eremitas, nunca nenhum impôs a si mesmo a regra de ter por alimento apenas mel silvestre, ao qual se junta essa coisa incomestível: gafanhotos! Alguns renunciam ao mundo e fogem dos homens para viver santamente, mas João era apenas uma criança [...] quando se adentrou no deserto e escolheu resolutamente viver em solidão. Renunciou a suceder a seu pai no cargo de sacerdote, a fim de poder anunciar com toda a liberdade o Pai verdadeiro e soberano. 
Os profetas predisseram a vinda do Salvador, os apóstolos e os outros mestres da Igreja atestam que essa vinda teve realmente lugar, mas João mostrou-O presente entre os homens. Muitos guardaram a virgindade e não sujaram a brancura das suas túnicas (cf Ap 14,4), mas João renunciou a toda a companhia humana, a fim de arrancar pela raiz os mais intensos desejos da carne, e, cheio de fervor espiritual, viveu entre os animais selvagens. 
João preside ao próprio cerne do coração escarlate dos mártires, como mestre de todos eles: combateu valentemente pela verdade e morreu por ela. Tornou-se assim o chefe de todos aqueles que lutam por Cristo e, primeiro que todos eles, cravou no Céu o estandarte triunfal do martírio. 

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