sábado, 8 de julho de 2017

EVANGELHO DO DIA 8 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 9,14-17.
Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 31 
O jejum dos amigos do noivo
«Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Porquê? Porque, para vós, o jejum pertence à lei e não é um dom espontâneo. Ora, em si mesmo, o jejum não tem valor; o que conta é o desejo de quem jejua. Que proveito pensais ganhar jejuando contrariados e forçados? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade: converte os corações, desenraíza o mal, arranca o pecado, enterra o vício, semeia a caridade; mantém a fecundidade e prepara a colheita da inocência. Os discípulos de Cristo estão colocados no coração do campo maduro da santidade: recolhem molhos de virtudes e gozam do Pão da nova colheita; por conseguinte, não podem praticar jejuns doravante prescritos. [...] 
«Por que motivo [...] os teus discípulos não jejuam?» O Senhor responde-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles?» Aquele que toma mulher põe o jejum de lado, abandona a austeridade; entrega-se totalmente à alegria, participa nos banquetes; mostra-se afetuoso, delicado e alegre: faz tudo o que a sua afeição pela esposa lhe inspira. Cristo celebrava as suas núpcias com a Igreja: por isso, tomava parte nas refeições, não recusava convites; cheio de benevolência e de amor, mostrava-Se humano, acessível, amável. É que Ele desejava unir o homem a Deus, e fazer dos seus companheiros membros da família divina. 

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