quarta-feira, 19 de julho de 2017

EVANGELHO DO DIA 19 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 11,25-27.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo 
Sermão 29 
«Ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar»
É-nos impossível encontrar os termos apropriados para falarmos acerca da gloriosa Trindade, e no entanto impõe-se que digamos alguma coisa. [...] É completamente impossível, pela inteligência, compreender como a elevada e essencial unidade é uma unidade simples quanto à essência, e tripla quanto às Pessoas, compreender como as três Pessoas Se distinguem entre Si, como o Pai gera o Filho, como o Filho procede do Pai e contudo nele mora; e compreender como, da sabedoria que dele sai, jorra uma indescritível torrente de amor que é o Espírito Santo; compreender como essas maravilhosas efusões refluem na inefável benignidade da própria Trindade e na fruição que a Trindade faz de Si própria, numa unidade essencial. [...] Mais vale sentir tudo isto do que expô-lo por palavras. [...] 
Consideremos esta Trindade em nós próprios; tomemos consciência de que somos verdadeiramente feitos à sua imagem (Gn 1,26), pois encontramos na alma, no seu estado natural, a própria imagem de Deus, imagem verdadeira, clara, ainda que nela não esteja toda a nobreza do objeto que representa. Os sábios dizem que esta reside nas faculdades superiores da alma, na memória, na inteligência, na vontade [...]. Outros mestres dizem, e esta é uma opinião superior, que a imagem da Trindade reside no mais íntimo, no mais secreto e profundo da alma [...]. É certamente no mais profundo da alma que o Pai do Céu gera o seu Filho único [...]. Se quisermos senti-lo, voltemo-nos para o nosso interior, muito acima de quaisquer atividades exteriores ou interiores, acima das imagens e de tudo o que vem do exterior, e perscrutemos o fundo da nossa alma. Então, o poder do Pai virá, o Pai chamará ao homem que há em cada um de nós seu filho único e, tal como o Filho nasce do Pai e reflui no Pai, assim também o próprio homem nascerá do Pai no Filho e refluirá no Pai com o Filho, tornando-se um com Ele. O Santo Espírito difundir-se-á então em caridade e alegria indescritíveis e transbordantes, inundando e penetrando o fundo do homem com os seus doces dons. 

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