segunda-feira, 10 de julho de 2017

EVANGELHO DO DIA 10 DEJULHO

Evangelho segundo S. Mateus 9,18-26.
Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá».Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos.Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto,pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada».Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada.Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço,Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele.Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se.E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Mateus
«A menina não morreu; está a dormir»
Este chefe [da sinagoga] pode ser visto como representante da Lei de Moisés, que, orando pela multidão que a referida Lei tinha alimentado para Cristo, pregando a expetativa da sua vinda, pede ao Senhor que dê vida a uma morta. [...] O Senhor prometeu-lhe ajuda e, para o tranquilizar, seguiu-o.
Mas a multidão dos pagãos pecadores foi primeiramente salva com os apóstolos. O dom da vida era devido em primeiro lugar à eleição predestinada pela Lei, mas antes disso, na imagem da mulher, a salvação chegou aos publicanos e aos pecadores. Eis por que razão esta mulher confia que, aproximando-se do local por onde o Senhor passará, será curada do seu fluxo de sangue pelo contacto com as vestes do Senhor. [...] Ela tem pressa, na sua fé, de Lhe tocar a orla do manto, isto é, de alcançar, na companhia dos apóstolos, o dom do Espírito Santo, que sai do corpo de Cristo à maneira de uma franja. Em pouco tempo, ficou curada. Assim, a saúde destinada a uma foi dada também a outra, a quem o Senhor louvou a fé e a perseverança, porque o que tinha sido preparado para Israel foi acolhido pelos povos das nações. [...] O poder curativo do Senhor, contido no seu corpo, chegava também à fímbria das suas vestes. Com efeito, Deus não era divisível nem possível de conter, para Se poder encerrar num corpo; Ele próprio distribui os seus dons no Espírito, mas não é divisível nos seus dons. O seu poder é alcançável pela fé em qualquer lado porque esse poder está em toda a parte e de lado nenhum está ausente. O corpo que tomou não limitou o seu poder; este é que tomou a fragilidade de um corpo para o redimir. E este poder é de tal maneira ilimitado e generoso, que a obra da salvação dos homens estava presente nas franjas das vestes de Cristo.
O Senhor entra em seguida na casa do chefe, ou seja, na sinagoga [...], e muitos troçaram dele. Com efeito, não acreditaram que Deus estivesse num homem e riram-se ao ouvirem pregar a ressurreição dos mortos. Mas, tomando a mão da menina, o Senhor voltou a dar vida àquela cuja morte não era, para Ele, senão um sono. 

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