quinta-feira, 6 de julho de 2017

EVANGELHO DO DIA 06 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 9,1-8.
Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga(maca). Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te - disse Ele ao paralítico - toma a tua enxerga(maca) e vai para casa’. O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense 
Homilia 11, PL 194, 1728A–1729C 
«Quem pode perdoar os pecados se não só Deus?» (Mc 2,7)
Há duas coisas que pertencem apenas a Deus: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Devemos confessar-nos a Ele e esperar dele o perdão. Com efeito, perdoar os pecados pertence unicamente a Deus; por isso é apenas a Ele que devemos confessá-los. Mas o Todo-Poderoso, o Altíssimo, tendo tomado uma esposa fraca e insignificante, fez dela uma rainha. E colocou-a a seu lado, ela que estava a seus pés; pois foi do seu lado que ela saiu e foi por aí que Ele a desposou (Gn 2,22; Jo 19,34). E, tal como tudo o que pertence ao Pai é do Filho e tudo o que é do Filho é do Pai, pela unidade da sua natureza (Jo 17,10), assim também o esposo deu todos os seus bens à esposa e tomou sobre Si tudo o que pertence à esposa, que uniu a Si mesmo e também a seu Pai. [...] 
Foi por isso que o Esposo, que é uno com o Pai e uno com a esposa, lhe retirou tudo o que nela havia de estranho, fixando-o na cruz em que carregou os pecados dela, pregando-os ao madeiro e destruindo-os pelo madeiro. Ele assumiu o que era natural e próprio da esposa; e deu à esposa o que era divino e próprio dele. [...] Deste modo, Ele partilha a fraqueza da esposa e os seus gemidos, e tudo é comum ao Esposo e à esposa: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Tal é a razão desta frase: «Vai mostrar-te ao sacerdote» (Mc 1,44). 

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