sábado, 17 de junho de 2017

EVANGELHO DO DIA 17 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 5,33-37.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não faltarás ao que tiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste’. Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum: nem pelo Céu, que é o trono de Deus; nem pela terra, que é o escabelo(banqueta) dos seus pés; nem por Jerusalém, que é a cidade do grande Rei. Também não jureis pela vossa cabeça, porque não podeis fazer branco ou preto um só cabelo. A vossa linguagem deve ser: ‘Sim, sim; não, não’. O que passa disto vem do Maligno». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Homilia grega do século IV 
Inspirada pelo Tratado sobre a Páscoa, de Sto. Hipólito de Roma (? - cerca de 235), presbítero e mártir 
«Eu, porém, digo-vos»: a antiga Lei é levada à perfeição por aquele que dá a nova Lei
A Lei dada a Moisés é uma recolha de ensinamentos variados e imperativos, uma coleção útil a todos acerca do que é bom fazer nesta vida e um reflexo místico dos costumes da vida celeste: um archote e uma lamparina, um fogo e uma luz, réplicas dos luzeiros do alto. A Lei de Moisés era o itinerário da piedade, a regra dos bons costumes, o travão do primeiro pecado, o esboço da verdade futura (Col 2,17). [...] A Lei de Moisés era um mestre para a piedade e um guia para a justiça, uma luz para os cegos e uma prova para os insensatos, um pedagogo para as crianças e uma amarra para os imprudentes, uma rédea para as cabeças duras e um jugo poderoso para os impacientes. 
A Lei de Moisés era o mensageiro de Cristo, o precursor de Jesus, o arauto e o profeta do grande Rei, uma escola de sabedoria, uma preparação necessária e um ensinamento universal, uma doutrina oportuna e um mistério temporário. A Lei de Moisés era um resumo simbólico e enigmático da graça futura, anunciando em imagens a perfeição da verdade que havia de vir. Pelos sacrifícios, anunciava a Vítima; pelo sangue, o Sangue; pelo cordeiro, o Cordeiro; pela pomba, a Pomba; pelo altar, o Sumo Sacerdote; pelo Templo, a permanência da divindade; pelo fogo do altar, a plena «Luz do mundo» (Jo 8,12) que desce dos céus.  

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