Evangelho segundo S. João 6,51-59.
Naquele
tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer
deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne, que Eu
darei pela vida do mundo».Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele
dar-nos a sua carne a comer?». E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade
vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue,
não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a
vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira
comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou
e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão
que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem
comer deste pão viverá eternamente». Assim falou Jesus, ao ensinar numa
sinagoga, em Cafarnaum.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney (1786-1859),
presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do Santo Cura d'Ars»
Se fôssemos capazes de compreender todos os
bens que a sagrada comunhão encerra, nada mais seria preciso para contentar o
coração do homem.
Nosso Senhor afirmou: «Tudo o que pedirdes a meu Pai
em meu nome, Ele vo-lo concederá» (Jo 16,23). Nunca nos teríamos lembrado de
pedir a Deus o seu próprio Filho. Mas Deus faz aquilo que o homem não seria
capaz de imaginar. Deus, no seu amor, concebeu e executou aquilo que o homem não
é capaz de dizer nem de conceber, e que não teria jamais ousado desejar.
Sem a divina Eucaristia, não haveria felicidade neste mundo, a vida
seria insuportável. Quando recebemos a sagrada comunhão, recebemos a nossa
alegria e a nossa felicidade. Querendo dar-Se a nós no sacramento do seu amor,
Deus deu-nos um desejo enorme, que só Ele pode satisfazer. [...] Ao lado deste
belo sacramento, somos como uma pessoa que morre de sede à beira de um rio - e
contudo, bastava-lhe baixar a cabeça!... Somos como uma pessoa que permanece
pobre ao lado de um tesouro - e bastava-lhe estender a mão!
Se fôssemos
capazes de compreender todos os bens que a sagrada comunhão encerra, nada mais
seria preciso para contentar o coração do homem.
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