Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.
Naquele
tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro e, passando por Sidónia, veio para
o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. Trouxeram-Lhe
então um surdo que mal podia falar e suplicaram-Lhe que impusesse as mãos sobre
ele. Jesus, afastando-Se com ele da multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos
e com saliva tocou-lhe a língua. Depois, erguendo os olhos ao Céu, suspirou
e disse-lhe: «Effathá», que quer dizer «Abre-te». Imediatamente se abriram
os ouvidos do homem, soltou-se-lhe a prisão da língua e começou a falar
corretamente. Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém. Mas, quanto
mais lho recomendava, tanto mais intensamente eles o apregoavam. Cheios de
assombro, diziam: «Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os
mudos falem».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Ut unum sint», 19
Santos Cirilo e Metódio, apóstolos dos eslavos
A doutrina deve ser apresentada de uma
maneira que a torne compreensível àqueles a quem o próprio Deus a destina. Na
encíclica «Slavorum Apostoli», recordei que, por esse mesmo motivo, Cirilo e
Metódio se dedicaram a traduzir as noções da Bíblia e os conceitos da teologia
grega no contexto de um pensamento e de experiências históricas muito
diferentes.
Eles queriam que a única palavra de Deus fosse tornada assim
acessível de acordo com os meios próprios de cada civilização. Compreenderam
portanto que não podiam impor aos povos a quem deviam pregar, nem a indiscutível
superioridade da língua grega e da cultura bizantina, nem os usos e os
comportamentos da sociedade mais avançada em que tinham sido formados. Punham em
prática a perfeita comunhão no amor que preserva a Igreja de todas as formas de
particularismo e de exclusivismo étnico ou de preconceito racial, bem como de
qualquer arrogância nacionalista.
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