domingo, 1 de janeiro de 2017

EVANGELHO DO DIA 1 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Lucas 2,16-21.
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura.Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Proclo de Constantinopla (c. 390-446), bispo 
Sermão n.° 1 ; PG 65, 682 
«Quando foi a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, 
nascido de uma mulher» (Gal 4,4)
Que a natureza estremeça de alegria e que exulte todo o género humano [...]. Que a humanidade dance em coro [...]: «Onde o pecado abundou, superabundou a graça» (Rom 5,20). Reúne-nos aqui a santa Mãe de Deus, a Virgem Maria, tesouro puríssimo de virgindade, paraíso espiritual do segundo Adão, ponto de união das duas naturezas, lugar de troca onde se concluiu a nossa salvação, câmara nupcial em que Cristo desposou a nossa carne. Ela é a sarça ardente que o fogo do parto de um Deus não consumiu, a nuvem ligeira que transportou Aquele que tem o trono acima dos querubins, o velo puríssimo que recebeu o orvalho celeste [...], Maria, serva e mãe, virgem, céu, ponte única entre Deus e os homens, tear da encarnação em que se achou admiravelmente confecionada a túnica da união das duas naturezas - e o Espírito Santo foi o tecelão.     
Na sua bondade, Deus não desdenhou nascer de uma mulher, mesmo que Aquele que dela ia ser formado fosse a própria a vida. Mas, se a Mãe não tivesse permanecido virgem, esta gestação não teria nada de espantoso; seria simplesmente o nascimento de um homem. Uma vez, porém, que ela permaneceu virgem mesmo após o parto, como poderia não se tratar de Deus e de um mistério inexprimível? Nasceu de maneira inefável, sem mancha, Aquele que mais tarde entrará sem obstáculo, com todas as portas fechadas, e diante de quem Tomé exclamará, contemplando a união das duas naturezas: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28) 
Por nosso amor, Aquele que por natureza era incapaz de sofrer expôs-Se a numerosos sofrimentos. Cristo não Se tornou Deus pouco a pouco; de modo nenhum! Mas, sendo Deus, a sua misericórdia levou-O a tornar-Se homem, como a fé nos ensina. Não pregamos um homem que Se tornou Deus, proclamamos um Deus feito carne, que tomou por Mãe uma serva, Ele que pela sua natureza não conhece mãe, e que, sem pai, encarnou no tempo. 

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