Evangelho segundo S. Mateus 19,13-15.
Naquele
tempo, apresentaram umas crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e
orasse sobre elas. Mas os discípulos afastavam-nas. Então Jesus disse:
«Deixai que as crianças se aproximem de Mim; não as estorveis. Dos que são como
elas é o reino dos Céus». A seguir, impôs as mãos sobre as crianças e partiu
dali.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos
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Comentário do dia:
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Homilia 58; PL 57, 363
Como esta criança
Diz o Senhor aos apóstolos, homens feitos e
maduros: «Se não voltardes a ser como esta criança, não podereis entrar no Reino
do Céu» (Mt 18,3; cf v.4). […] Incita-os assim a reencontrar a infância […] para
que possam renascer pela inocência do coração; pois «quem não nascer da água e
do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
«Se não
voltardes a ser como esta criança»: Ele não diz «estas crianças», mas «esta
criança»; delas, Ele escolhe uma apenas, propõe uma só. E quem é essa criança
que Ele dá como exemplo aos discípulos? Não creio que seja uma criança do povo,
da multidão dos homens, quem ofereça aos apóstolos um modelo de santidade para o
mundo inteiro. Não, não creio que essa criança venha do povo, mas do céu.
Trata-se daquela criança vinda do céu de que nos fala o profeta Isaías: «Um
menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9,5). É esse Menino inocente,
que ao insulto não responde com o insulto, nem à agressão com a agressão – bem
mais ainda: é Aquele que, na própria agonia, reza pelos inimigos: «Perdoa-lhes,
Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Assim, na sua graça insondável, o
Senhor transborda dessa inocência do coração que a natureza dá às crianças. Ele
é essa criança que pede aos pequeninos que O imitem e que O sigam.
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