quinta-feira, 7 de julho de 2016

EVANGELHO DO DIA 7 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 10,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. 
Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João Paulo II (1920-2005), papa 
Mensagem para o Dia Mundial da Paz, 2002, §§ 1-2 
"Desça a vossa paz sobre ela."
Desde 11 de setembro de 2001, por todo o mundo, as pessoas tomaram consciência, com nova intensidade, da sua vulnerabilidade pessoal e começaram a olhar o futuro com um sentido, jamais pressentido, de íntimo medo. Diante deste estado de ânimo, a Igreja deseja dar testemunho da sua esperança, baseada na convicção de que o mal, o "mysterium iniquitatis" 2Tess 2,7), não tem a última palavra nas vicissitudes humanas. A história da salvação, delineada na Sagrada Escritura, projeta uma grande luz sobre toda a história do mundo ao mostrar como sobre ela vela sempre a solicitude misericordiosa e providente de Deus, que conhece os caminhos para sensibilizar mesmo os corações mais endurecidos e alcançar bons frutos mesmo de uma terra árida e infecunda. 
Esta é a esperança que anima a Igreja [...]: com a graça de Deus este mundo, no qual as forças do mal parecem uma vez mais triunfar, há de realmente transformar-se num mundo em que as aspirações mais nobres do coração humano poderão ser satisfeitas, num mundo onde prevalecerá a verdadeira paz. 
Os recentes acontecimentos, com os terríveis factos sangrentos aqui lembrados, estimularam-me retomar uma reflexão que frequentemente brota do mais íntimo do meu coração, quando lembro os acontecimentos históricos que marcaram minha vida, especialmente nos anos da minha juventude. Os indescritíveis sofrimentos de povos e indivíduos, vários deles meus amigos e conhecidos, causados pelos totalitarismos nazi e comunista, sempre interpelaram o meu espírito e motivaram a minha oração. Muitas vezes me detive a refletir nesta questão: qual é o caminho que leva ao pleno restabelecimento da ordem moral e social, tão barbaramente violada? A convicção a que cheguei, raciocinando e confrontando com a Revelação bíblica, é que não se restabelece cabalmente a ordem violada senão conjugando mutuamente justiça e perdão. As colunas da verdadeira paz são a justiça e aquela forma particular de amor que é o perdão.
http://www.evangelhoquotidiano.org/

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