Evangelho segundo S. Mateus 12,14-21.
Naquele
tempo, os fariseus reuniram conselho contra Jesus, a fim de O fazerem
desaparecer. Mas Jesus, ao saber disso, retirou-Se dali. Muitos O seguiram e
Ele curou-os a todos, mas intimou-os que não descobrissem quem Ele era, para se cumprir o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Eis o meu
servo, a quem Eu escolhi, o meu predilecto, em quem se compraz a minha alma.
Sobre ele farei repousar o meu Espírito, para que anuncie a justiça às nações. Não discutirá nem clamará, nem se fará ouvir a sua voz nas praças. Não
quebrará a cana já fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega, enquanto não
levar a justiça à vitória; e as nações colocarão a esperança no seu nome».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Tertuliano (c. 155-c. 220), teólogo
Contra Marcião 2, 27
«Eis o meu servo. […] Não discutirá nem clamará.»
Deus não podia viver com os homens, a não
ser que assumisse uma forma humana de pensar e de reagir. Foi por isso que
escondeu sob a humildade o esplendor da sua majestade, que a fraqueza humana não
teria sido capaz de suportar. Nada disso era digno dele, mas era necessário ao
homem, e por esse motivo tornou-se digno de Deus, porque nada é tão digno de
Deus como a salvação do homem. […]
Tudo quanto Deus perde, ganha-o o
homem; todas as humilhações que o meu Deus sofreu para estar perto de nós são
sacramento de salvação para os homens. Deus agiu com os homens para que o homem
aprendesse a agir no plano divino. Deus tratou o homem de igual para igual, para
que o homem pudesse agir de igual para igual com Deus. Deus tornou-Se pequeno
para que o homem se tornasse grande.
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