quarta-feira, 13 de abril de 2016

O PAPA QUE MORREU ABANDONADO

Foi São Martinho I (+656). Era italiano da Úmbria. Ao ser eleito Papa, não esperou o consentimento do imperador para tomar posse. Esse gesto inadvertido irritou o orgulhoso imperador Constante. Por isso foi perseguido. Constante tentou matá-lo pelas mãos do seu escudeiro. No momento de receber a santa hóstia da mão do Papa, o vil sicário puxou o punhal, mas foi atacado pela cegueira. O imperador arrependeu-se. Mais tarde voltou à carga, mandando prender Martinho e levá-lo para Constantinopla. A viagem foi penosa. Durou quinze meses. Durante as muitas escalas do navio, os fiéis não puderam sequer aproximar-se do seu Pastor. Não lhe davam nem água para se lavar. Chegando a Constaninopola foi exposto na rua aos insultos do povo por um dia inteiro, antes de ser recolhido por três meses na prisão. Depois começou o processo estenuante. Foram tais os maus tratos recebidos, que ele murmurava: “Qualquer tipo de morte será um benefício para mim”. Degradado publicamente, desnudado e exposto aos rigores do frio, todo acorrentado, foi trancado na cela reservada aos condenados à morte. A pena foi comutada pelo exílio. Passou fome e sede, definhando durante quatro meses no abandono mais absoluto. É tido como mártir pela Igreja do Oriente e do Ocidente.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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