Quem não sabe para onde vai, não pode
escolher os caminhos. No encaminhamento de nossa vida, é desastroso para a
formação integral da personalidade, tanto na área social como espiritual, não
ter uma princípio orientador. Vejamos se muitas loucuras que acontecem no mundo
não são a falta de um princípio orientador e integrador! Falta o equilíbrio. Vejamos
os estadistas que governam o mundo! Alguns fazem maravilhas, outros loucuras de
assassinar multidões, corromper e sacrificar o povo. Analisemos a situação
humana e espiritual de cada um! Faça uma comparação entre Dalai Lama e um
ditador, ou o Papa e um líder religioso interesseiro, um santo e um pervertido...
O que falta? Falta a opção fundamental pelo bem. “A opção fundamental é o
princípio dinâmico de toda nossa vida moral a que confere unidade, globalidade,
força para crescer e autenticidade”. A opção fundamental pelo bem conduz
diretamente a Deus, mesmo que não tenha ainda uma definição religiosa. Essa
definição será um caminho para conhecimento e prática do bem, que são as
virtudes. Virtude não é uma prisão, é uma direção. Quando falamos de pessoa
virtuosa pensamos logo numa “beata insuportável” ou num “beato chato”. Se for
insuportável, já falhou em algum aspecto. Quem sabe, será falha na opção pelo
bem. Esta escolha fundamental do bem leva junto consigo a busca do verdadeiro e
do belo. É um princípio básico de que tudo o que é bom é verdadeiro e belo; o que
é verdadeiro é bom; o que é belo é verdadeiro e bom. Beleza não é só a casca. É
o conteúdo. A partir do momento em que tevermos uma direção que condiz com o
ser humano, com a natureza e com Deus, viveremos uma vida correta. Isto é a
moral. Moral não é código de proibições; é vida plena. E praticaremos as
virtudes. Quem se decide pelo bem é justo e verdadeiro.
552.
Os erros nos ajudam
É... mas nem sempre acertamos em tudo. A vida humana não se
mede só pelos bons resultados, mas pela luta que temos para conquistar esse fim
que nos propusemos. Os erros e a fragilidade não matam a decisão. Podem
inclusive fortalecer. Os erros são um aprendizado. Um autor jovem de nossa
juventude dizia: “Faça do erro, um trampolim para um amor maior”. Tropeçando
andamos mais depressa. As falhas nos levam a reajustar a direção. Ninguém seja
condenado por ter errado, mas por considerar seu erro como o certo. Quanto mais
se busca, mais se ajusta e mais se torna fecundo. Se assumirmos um tipo de
fanatismo de determinada virtude, sem a percepção do conjunto, caír5emos em
erros graves que prejudicam o conjunto. Na Igreja isso é comum. Jesus é modelo
acabado do justo equilíbrio. Foi firme e, ao mesmo tempo, tão acessível. Foi
misericordioso, sem deixar de condenar o mal. O erro não é um beco sem saída,
mas um degrau em nossa escada.
553.
Publicidade do bem
Quem vive bem, faz uma propaganda
maravilhosa da vida correta e bem direcionada. O sábio sempre atrai. Se você
encontrar um sábio, gaste a soleira da porta de sua casa. Quer dizer que
freqüentar a casa do sábio, do justo, é sempre uma oportunidade de se aprender.
Viver bem é uma boa publicidade da busca do Bem. A virtude se transforma numa expressão
fascinante da beleza do bem. Muitas vezes as pessoas boas, digamos, religiosas
são perseguidas. Mas quando a vida aperta para os perseguidores, eles sabem
aonde correr para pedir socorro. O justo não tem muito cartaz na atual
sociedade. Mas, os dias revelam quanto sua vida é útil. O homem e a mulher
sábios são fundamentais e os mais úteis para a sociedade.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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