terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Santa Taciana

Com o nome de TACIANA (ou: TATIANA) são conhecidas duas santas mártires, uma em Amasea, juntamente com mais quatro companheiras e a comemoração dela é aos 18 de agosto; a outra, da qual falamos, mártir em Roma, comemorada aos 12 de janeiro. A mais antiga notícia sobre esta santa, remonta à segunda metade do século VII e se encontra num “Itinerário” (= historias dos santos) daquela época, integrada por Guilherme de Mamesbury em suas “Gesta regum Anglicorum” (= Histórias dos reis dos Anglos), onde se lê: “Et in monte Nola sancta Tatiana pausat” (= “E santa Taciana repousa no monte Nola”). Aqui surgem os problemas de interpretação, pois nenhuma fonte antiga ou medieval, fala desse monte em Roma; doutro lado, os antigos “Catálogos” das igrejas de Roma, atestam concordemente que em Roma a Igreja de Santa Taciana encontrava-se perto daquela de santa Susana, que como se sabe ergue-se sobre o Qüirinal; conseqüentemente o monte Nola deve se identificar com esta colina. Além disso, a “paixão” (= história do martírio) grega da santa, afirma que Taciana foi sepultada na sexta região (Augustéa) que compreendia mesmo a Alta Semita e o Qüirinal. Os estudiosos supõem que a colina do Qüirinal, no século VII fosse chamada de “monte Nola” porque naquele tempo erguia-se ali também uma igreja dedicada a São Félix de Nola, comemorado no dia 14 de janeiro também como São Félix em Pincis. Mas como para outros mártires, indicados como sepultados nas igrejas urbanas de Roma, ou venerados nessas Igrejas, o mesmo se pode dizer de Taciana, isto é que na igreja do Qüirinal comemora-se somente a dedicação da mesma à santa Taciana. Nenhuma outra fonte antiga ou medieval conhece santa Taciana, afora o acima citado “Itinerário”, e foi o Card. César Barônio, no séc. XVI que introduziu o nome dela no “Martirológio Romano” aos 12 de janeiro, sob indicações de menológios (= histórias dos mártires) gregos. A “paixão” da Santa, escrita provavelmente no século VII, não ajuda a saber quem ela fosse, porque é uma das tantas costumeiras lendas agiográficas, escritas nos séculos posteriores à presumível época do martírio. Ela foi uma jovem romana martirizada em Roma, dada como comida às feras no ano 230. O culto dela divulgou-se na cidade entre o século VII e XV, quando depois a igreja foi destruída. Em latim e na Rússia o nome dela é TATIANA. 

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