Evangelho segundo S. Marcos 1,29-39.
Naquele
tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e
André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela
começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe
todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da
porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças,
e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque
sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se
para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à
procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de
pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a
Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Isaac o Sírio (século VII), monge
perto de Mossul
Discursos ascéticos
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio
ermo e aí começou a orar.
Nada torna a alma tão pura e feliz, nada a
ilumina e afasta dela os maus pensamentos, como as vigílias. Por isso, os nossos
pais perseveraram neste trabalho das vigílias e adoptaram como regra permanecer
acordados de noite durante o curso da sua vida ascética. Fizeram-no
especialmente porque tinham ouvido os insistentes convites do nosso Salvador com
a sua Palavra viva: «Velai, pois, orando continuamente» (Lc 21,36); «Vigiai e
orai, para não caírdes em tentação» (Mt 26,41); e ainda: «Orai sem cessar» (1
Tes 5,17).
E não Se contentou com advertir-nos apenas por palavras.
Deu-nos também o exemplo na sua pessoa, honrando a prática da oração acima de
qualquer outra coisa. Por isso, isolava-Se constantemente para rezar, e não o
fazia de qualquer maneira, mas escolhendo por tempo a noite e por lugar o
deserto, a fim de que também nós, evitando as multidões e o tumulto, nos
tornemos capazes de orar na solidão.
Por isso, os nossos pais receberam
este elevado ensinamento a respeito da oração como se ele viesse do próprio
Cristo. E escolheram vigiar na oração seguindo a injunção do apóstolo Paulo,
sobretudo a fim de poderem permanecer sem interrupções na proximidade de Deus
pela oração contínua. [...] O que vinha do exterior não os atingia, nada
alterava a pureza do seu intelecto, perturbando estas vigílias, que os enchiam
de alegria e que eram a luz da sua alma.
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