terça-feira, 12 de janeiro de 2016

EVANGELHO DO DIA 12 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28.
Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja 
Comentário sobre o Evangelho de S. Marcos, 2 
«Vieste para nos perder?»
«Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro». Esse espírito não podia suportar a presença do Senhor; tratava-se do espírito impuro que tinha conduzido os homens à idolatria. […] «Que acordo pode existir entre Cristo e Satanás?» (2Cor 6,15); Cristo e Satanás não podem estar associados um ao outro. «Começou a gritar: "Que tens Tu a ver connosco?"» Aquele que assim grita é um indivíduo que se exprime em nome de várias pessoas; isto prova que tem consciência de ter sido vencido, ele e os seus. 
«Começou a gritar: "Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus."» Em pleno tormento, e apesar da intensidade do sofrimento que o faz gritar, não abandonou a hipocrisia. É forçado a dizer a verdade, o sofrimento a isso o obriga, mas a malícia impede-o de dizer toda a verdade: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno?» Porque não reconheces o Filho de Deus? Será de facto o Nazareno quem te tortura, e não o Filho de Deus? […] 
Moisés era um santo de Deus. E Isaías e Jeremias também o foram. […] Porque não lhes dizes: «Sei quem Tu és: o Santo de Deus»? [...] Não digas, pois: «Santo de Deus», mas «Deus Santo». Pensas que sabes, mas não sabes; ou, se sabes, calas-te por duplicidade. Porque Ele não é apenas o Santo de Deus, mas o Deus Santo.

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