Evangelho segundo S. Lucas 6,6-11.
Naquele
tempo, Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um
homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus,
para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O
acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que
tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem
levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é
permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então
olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e
a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a
falar entre si do que haviam de fazer a Jesus.
Da Bíblia
Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cesário de Arles (470-543),
monge, bispo
Sermões ao povo nº 57, 4
«Os escribas e os fariseus espiavam-no, a fim de encontrarem motivo
para O acusar»
O Senhor dirá àqueles que desprezaram a sua
misericórdia: «Homem, fui Eu que, com as minhas mãos, te formei do pó da terra,
fui Eu que insuflei o espírito no teu corpo de terra, fui Eu que Me dignei
atribuir-te a nossa imagem e a nossa semelhança, fui Eu que te coloquei no meio
das delícias do paraíso. Mas tu, desprezando os mandamentos da vida, preferiste
seguir o sedutor a seguir o Senhor.
Consequentemente, quando foste
expulso do paraíso e ficaste preso nas cadeias da morte pelo pecado, enternecido
de misericórdia, Eu entrei num seio virginal para vir ao mundo, sem prejuízo
para essa virgindade. Fui estendido numa manjedoura, envolvido em panos;
suportei os dissabores da infância e os sofrimentos humanos, pelos quais Me fiz
semelhante a ti, com o único objectivo de te tornar semelhante a Mim. Suportei
as bofetadas e os escarros daqueles que se riam de Mim, bebi vinagre com fel.
Flagelado com varas, coroado de espinhos, pregado à cruz, trespassado pela
lança, entreguei a alma aos tormentos para te arrancar à morte. Vê a marca dos
cravos com que fui pregado; vê o meu lado trespassado. Suportei estes
sofrimentos para te dar a minha glória; suportei a tua morte para tu vivesses
para toda a eternidade. Repousei, encerrado no sepulcro, para que tu reinasses
no céu.
Porque perdeste aquilo que sofri por ti? Porque renunciaste
às graças da tua redenção? Dá-Me a tua vida, pela qual dei a minha; dá-Me a tua
vida, que destróis sem cessar pelos ferimentos dos teus pecados.
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