Evangelho segundo S. João 6,24-35.
Naquele
tempo, quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam à
beira do lago, subiram todos para as barcas e foram para Cafarnaum, à procura de
Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando
chegaste aqui?». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós
procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e
ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo
alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que
o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que
devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?». Respondeu-lhes Jesus: «A
obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou». Disseram-Lhe
eles: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra
realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito:
‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’». Jesus respondeu-lhes: «Em
verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é
que vos dá o verdadeiro pão do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para
dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá
fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Da Bíblia
Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Carta Encíclica «Ecclesia de Eucharistia», 1
A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade
não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio
núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que a Igreja experimenta, de
diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: «Eu estarei sempre
convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28,20); mas, na Sagrada Eucaristia, pela
conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor, ela goza desta
presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo
da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este
sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora
esperança.
O Concilio Vaticano II justamente afirmou que o
sacrifício eucarístico é «fonte e centro de toda a vida cristã» (LG 11). Com
efeito, «na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da
Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens
a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo» (PO
5). Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor,
presente no Sacramento do altar, onde descobre a plena manifestação do seu amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário