Evangelho segundo S. Mateus 10,7-15.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino
dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos,
expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça.Não adquirais ouro,
prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas;nem alforge para o
caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador
merece o seu sustento.Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai
saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar.Ao entrardes na casa, saudai-a,e se for digna, desça a vossa paz sobre
ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz.Se alguém não vos
receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o
pó dos vossos pés.Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do
Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchihos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258), bispo de
Cartago e mártir
Da Unidade da Igreja Católica
O Espírito Santo faz-nos esta recomendação:
«Qual o homem que não ama a vida, e não deseja longos dias de prosperidade?
Nesse caso, guarda a tua língua do mal e os teus lábios das palavras mentirosas.
Desvia-te do mal e faz o bem, procura a paz e segue-a» (Sl 34,13-15). O filho da
paz deve procurar e perseguir a paz, aquele que conhece e ama o vínculo da
caridade deve guardar a sua língua do pecado da discórdia. Para além das suas
prescrições divinas e dos seus mandamentos de salvação, o Senhor, na véspera da
sua Paixão, acrescentou o seguinte: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz» (Jo
14,27). Tal é a herança que nos legou: relacionou todos os dons, todas as
recompensas que nos prometeu com a conservação da paz. Se somos os herdeiros de
Cristo, permaneçamos na paz de Cristo. Se somos filhos de Deus, devemos ser
construtores de paz: «Felizes os que fazem a paz; eles serão chamados filhos de
Deus» (Mt 5,9). Os filhos de Deus devem ser ser pacíficos, mansos de coração,
simples nas atitudes, em perfeita concordância de afectos, unidos fielmente
pelos laços de um pensamento unânime.
Esta unanimidade existia no
tempo dos apóstolos. Foi assim que o novo povo dos crentes, fiel às prescrições
do Senhor, manteve a caridade. E a prova disso está nas Escrituras: «A multidão
dos crentes tinha um só coração e uma só alma» (Act 4,32); e ainda: «E todos
unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, com algumas
mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus» (Act
1,14). Daí a eficácia das suas orações; daí a confiança de que obteriam tudo o
que pedissem à misericórdia de Deus.
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