Evangelho segundo S. Mateus 18,21-35.
Naquele
tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender,
quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te
digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus
pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo
de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo
com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo
quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus
pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de
compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem
denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me
deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo:
‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o
prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus
companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia
sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te
tudo o que me devias, porque me pediste. Não devias, também tu,
compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ E o senhor,
indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a
seu irmão de todo o coração».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário, § 1570
(Fátima, 2003)
«Não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de
ti?»
Ó Deus de grande misericórdia, bondade
infinita, eis que hoje toda a humanidade clama do abismo da sua miséria à vossa
misericórdia, à vossa compaixão, ó Deus! E clama com a sua poderosa voz da
miséria! Ó Deus clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta terra! Ó
Senhor, bondade incompreensível, que penetrais a nossa miséria e sabeis que,
abandonados às nossas próprias forças, não podemos chegar a Vós – por isso vos
imploramos: que nos antecipeis a vossa graça e continueis a aumentar a vossa
misericórdia para connosco, a fim de que possamos fielmente cumprir a vossa
santa vontade durante toda a vida e na hora da morte. Que a omnipotência da
vossa misericórdia nos proteja dos ataques dos inimigos da nossa salvação, para
esperarmos confiadamente, como vossos filhos, a vossa última vinda, esse dia que
só Vós conheceis. Também esperamos alcançar tudo o que Jesus nos prometeu,
apesar de toda a nossa miséria, porque Jesus é a nossa esperança. E assim, por
meio do coração misericordioso, como por uma porta aberta, passarmos ao céu.
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