De nacionalidade italiana, nasceu em Castelnuovo, a 21 de Janeiro de 1851.
Desde jovem seminarista, distinguiu-se por ter uma visão ampla dos problemas do mundo e da Evangelização. Ordenado sacerdote, inteirou-se ainda mais dos desafios da sociedade e da Igreja do seu tempo e imediatamente pôs mãos à obra com coragem e até ousadia para aquela época...
Em 1887, em Roma, encontrou-se com o velho missionário, o cardeal Massaia, expulso definitivamente da Etiópia (África). Já naquela ocasião o Pe. Allamano manifestava seu ardente desejo de ser missionário. Infelizmente, sua saúde era muito frágil e isto não lhe permitiu chegar, em termos geográficos, onde seus anseios e ideais o teriam levado.
No segredo do seu coração e para alguns mais íntimos, o Pe. Allamano tinha um grande sonho: dar início a um Instituto que agregasse padres e irmãos, dispostos a darem a vida pela Evangelização, da África inicialmente, e depois também dos outros continentes.
Superadas uma a uma as muitas dificuldades a respeito desse projecto, especialmente a mentalidade da época, chegou a hora da concretização do grande sonho. Dia 29 de Janeiro de 1901, era oficializado, o Instituto Missionário da Consolata, para padres e irmãos. Apenas dois anos mais tarde, ele já estava enviando os primeiros quatro missionários (2 padres e 2 irmãos) para as missões do Quénia, país do Sudeste da África.
O trabalho de Evangelização expandia-se e as forças não eram suficientes. Bem cedo os missionários sentiram a necessidade da presença missionária feminina e pediram ao Fundador que enviasse religiosas para um trabalho complementar. Não era tão simples atender a este pedido, tendo em vista também, que as congregações femininas de então, não haviam despertado ainda para o carisma missionário além-fronteiras. Diante do impasse, o Pe. Allamano, indo para Roma, expôs a dificuldade ao Papa Pio X. Este logo lhe perguntou:
"Por que não funda você mesmo um instituto missionário feminino?"
"Eu não tenho vocação para isto, Santidade".
"Não a tem? Pois bem, eu lha dou. Vá e comece a pensar nisto".
Para o Pe. Allamano aquela ordem manifestava a vontade de Deus e imediatamente começou a tomar as devidas providências. O novo projecto custou-lhe vários anos de trabalho árduo, muita reflexão, dificuldades e sacrifícios. Mas, os santos são assim. Diante do que sentem ser vontade de Deus, nada os detém.
A 16 de Fevereiro de 1926, o Pe. Allamano foi chamado à Casa do Pai; mas sua obra, que tinha sólidos alicerces, foi continuando. Muitos outros caminhos se foram abrindo e o Instituto foi alargando suas fronteiras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário