Odorico nasceu perto de Pordenone, em Itália, por volta de 1286. Era de origem checa, fez votos de franciscano e entrou no convento em Udine, a capital da sua província.
Frei Odorico foi enviado para o Oriente, onde realizou uma notável acção missionária entre 1316 e 1330. A sua rota para o Oriente partiu de Veneza. Seguiu por mar até Trebizond e daí por terra até Erzerum e a lugares onde os franciscanos tinham casas. Seguiu um percurso um tanto indirecto até ao Golfo Pérsico, de onde embarcou para a Índia, até Bombaim. Nesta cidade quatro irmãos de sua ordem, três deles italianos e um quarto da Geórgia, tinham pouco antes encontrado a morte nas mãos do governador muçulmano e os seus ossos enterrados na região. Odorico desenterrou essas relíquias e levou-as com ele em suas viagens posteriores. Da Índia, navegou para Sumatra, visitando vários portos na costa norte da ilha, e daí para Java, para a costa de Bornéu e para Cantão. Seguiu por terra para os grandes portos chineses onde encontrou duas casas de sua ordem, numa das quais depositou os ossos dos irmãos que sofreram na Índia.
Daí viajou até Quinsai considerada a maior cidade do mundo, de cujo esplendor Odorico, tal como Marco Pólo, dá detalhes notáveis. Visitou ainda Pequim, onde permaneceu por três anos, provavelmente 1324-1327.
A sua viagem de retorno é menos claramente descrita. Voltando por terra em toda a Ásia, através da terra da Mongólia, do Casan, o viajante aventureiro parece ter entrado no Tibete e passado pelo norte da Pérsia. Não há indicações do resto da sua rota de volta para casa, embora seja quase certo que ele passou por Tabriz. O carácter vago e fragmentado da narrativa, nesta secção, contrasta fortemente com a clara e cuidadosa descrição do caminho de ida.
Após o seu retorno Odorico dirigiu-se para a casa franciscano de Pádua, e foi lá que contou a história de suas viagens.
Ao viajar para a corte papal de Avignon, Odorico adoeceu em Pisa e, voltando para Udine, capital de sua província natal, morreu ali.
Movido por muitos milagres que eram feitos no túmulo do insigne viajante, o Papa Bento XIV, no ano de 1755, aprovou a veneração prestada ao Beato Odorico. No ano de 1881 na cidade de Pordenone foi erguido um monumento magnífico ao seu filho distinto.
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